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Banco do Brasil

Bancários seguem cobrando melhores condições de trabalho nas CRBBs

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Imagem do print da tela da reunião virtual do GT criado para discutir e apresentar soluções para as demandas das Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBBs)

Membros do grupo de trabalho (GT) criado para discutir e apresentar soluções para as demandas das Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBBs) se reuniram com integrantes do banco, na última quinta-feira 23, ocasião em que a empresa deveria ter anunciado respostas às reivindicações expostas pelos trabalhadores na última mesa sobre o tema, realizada em julho.

Entre as demandas estão aumento de contrações, implementação do home office (teletrabalho), valorização salarial, fim do estímulo abusivo à competição, melhora nas condições de trabalho e mudanças no sistema de metas, “questões que também são demandas de toda a categoria dentro da empresa, mas que nas centrais de atendimento têm suas especificidades”, explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

“Entendemos que as centrais são muito importantes para o banco, na questão do fortalecimento da relação com o cliente e no cumprimento do papel público da empresa. Mas na reunião que realizamos nesta semana, o banco apresentou uma proposta de implementação de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) e mostrou algum avanço na questão teletrabalho. Entretanto, valorizar, atender as reivindicações dos trabalhadores, implementar melhorias e preencher as vagas seguem como questões sem resolução até o momento”, avalia Antônio Netto, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancário do BB.

Outra resposta do banco na reunião foi sobre a substituição de gestores, quando o efetivo no cargo se afasta. O BB se comprometeu que, no caso de designação interna, valerá as regras aprovadas para gestores do 2º e 3º níveis gerenciais em unidades para ausências superiores a dez dias úteis por motivo de férias, licença saúde e abono. Ou seja, o substituto receberá o salário do substituído proporcionalmente ao tempo de substituição.

Na reunião, o banco praticamente não apresentou avanços nos pontos frisados na reunião de julho. Tampouco esclareceu se vai convocar os concursados, para cobrir os claros (termo para vagas não ocupadas), que já estão sendo chamados para as agências. Os representantes dos empregados enfatizaram que as centrais têm um número de claros muito grande.

A reivindicação pelo fim ao estímulo abusivo de competição entre CRBBs e agências também não teve resposta. Por exemplo, um funcionário inicia a operação na central, e outro pega a operação e conclui, num esquema de competição por metas que adoece a todos.

Os representantes dos empregados cobraram a solução dessa questão. Mas o banco não apresentou resposta. Sobre esse ponto, os representantes do banco disseram que está sendo realizada uma “pesquisa de clima” nos locais de trabalho, baseado no que o movimento sindical fez e passou para a empresa, com a criação de um grupo para melhorar o trabalho nas centrais. Essa foi mais uma promessa apresentada. Segundo o banco, estão sendo feitos estudos e visitas às centrais, para tentar melhorar o clima de trabalho e fazer uma calibragem nas metas.

Em relação ao teletrabalho, a empresa disse que um novo sistema está em fase de implementação em unidades de São Paulo e de São José dos Pinhais, no Paraná.

“Lamentamos a demora do banco para apresentar respostas. Quando aceita uma reunião, nossas demandas são proteladas. A única medida definida pela empresa é a criação de grupos de estudos a fim de colher informações para responder às demandas dos trabalhadores”, avalia Antônio Netto.

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