São Paulo – Os funcionários que trabalham como caixas do Banco do Brasil estão reclamando que a tecnologia de compensação por imagem tem baixa qualidade visual e aumentou o risco de erros na conferência das assinaturas dos cheques. Além disso, o serviço de digitalização da imagem do cheque agora é feito pelos caixas e não mais na compensação, sobrecarregando esses trabalhadores, que já enfrentam filas enormes e a impaciência dos clientes descontentes com a prestação de serviço pelo banco.
Os caixas também afirmam que o banco utiliza o sistema de Gerencialmento de Atendimento (GAT) para punir os funcionários por demora no atendimento causado por falta de mão de obra. E a situação tende a piorar, pois o banco anunciou que vai reduzir o número de caixas com a implantação das Plataformas de Suporte Operacional (PSO) em toda a cidade de São Paulo.
"O sindicato repudia esse modelo. Não concordamos com a redução de caixas e com sua transformação em caixas itinerantes, onde podem ser transferidos a qualquer momento para outras unidades. O banco quer impedir o cliente de ser atendido na agência e muitas agências estão retardando a entrada de clientes para burlar o GAT ou manipulando o sistema de senhas. Os clientes e usuários também têm o acesso dificultado à agência e são direcionados a correspondentes bancários, mesmo quando querem ser atendidos no banco" diz Hildo Montenegro, dirigente sindical da Fetec/CUT-SP.
O Sindicato propôs aos bancos na campanha nacional de 2011 que o número de caixas leve em consideração a praça e porte das agências, o número de clientes e o mínimo de cinco caixas, mas os bancos não atenderam essas reivindicações. “Vamos continuar insistindo para que as condições de trabalho de todos sejam adequadas”, afirma Hildo.
Os funcionários devem denunciar a falta de condições de trabalho ao Sindicato por meio do site.
Redação - 27/12/2011