São Paulo – Tumultos e acidentes foram o saldo de uma desocupação de emergência desastrosa no prédio da XV de Novembro do Banco do Brasil, onde funciona setores administrativos da instituição.
O local, onde trabalham cerca de 400 pessoas, teve de ser evacuado no final da tarde de segunda 5, após um curto circuito na entrada de força do prédio, que provocou o desligamento da energia e deixou um forte cheiro de queimado no ambiente.
O incidente mostrou que o lugar não apresenta condições de segurança para eventualidades como essa. “Bancários denunciaram que as luzes de emergência não funcionaram e que eles tiveram de descer as escadas às escuras, tropeçando nos degraus, o que aumentou o nervosismo típico da situação”, conta o diretor da Fetec-CUT/SP Irinaldo Barros, que esteve no local minutos depois. Mas os problemas não se restringiram a isso. “Como se não bastasse, os alarmes não soaram. Alguns bancários quebraram as caixas de alarme e apertaram o botão, mas eles não estavam funcionando”, acrescenta.
Os dirigentes já procuraram a CSL - Administração predial, setor do banco responsável pela manutenção, e cobraram explicações. “Eles disseram que a manutenção é feita regularmente por uma empresa terceirizada. Mas pelo que vimos, ou a terceirizada não tem qualificação adequada para o serviço, ou a manutenção não é feita com a frequência ideal. O que não podemos admitir são falhas em equipamentos essenciais à segurança dos trabalhadores”, critica.
“Onde está o gerente-geral da CSL que não verifica situações como essa? Preocupa-se mais em perseguir os funcionários que lutam por seus direitos do que com a qualidade dos serviços que estão sob sua responsabilidade.” Irinaldo refere-se ao assédio do gerente aos funcionários pela compensação dos dias de greve.
Após a intervenção dos dirigentes, a administração predial se comprometeu a apresentar relatório sobre as causas do acidente e os problemas no sistema de segurança.
“O prédio já voltou a funcionar, com um novo cabeamento de energia, mas nós reivindicamos que os problemas de segurança sejam resolvidos e, ainda, a instalação de novas brigadas de incêndio e uma equipe de bombeiros de plantão no local”, informa.
Andréa Ponte Souza - 07/12/2011
Linha fina
Após curto circuito, funcionários tiveram de evacuar o prédio sem luzes de emergência nem alarme
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