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Agência da Caixa funciona com porta quebrada

Linha fina
Sindicato paralisa atividades na unidade e critica falta de prioridade da área responsável pela infraestrutura do banco, que não resolve problemas estruturais antigos e precariza ainda mais condições de trabalho
Imagem Destaque

São Paulo – O ano está acabando e a Caixa Federal tem o que comemorar com seus resultados financeiros. Mas não dá para afirmar o mesmo de seus empregados. O banco, que registrou lucro líquido de R$ 4,197 bilhões de janeiro a setembro, crescimento de 17,7% em relação ao mesmo período de 2011, possui agências com problemas básicos em sua estrutura.

É o caso de uma unidade na região de Pinheiros, que teve suas atividades paralisadas pelo Sindicato nesta terça 11 devido a duas portas de segurança estarem quebradas. Uma delas, segundo o dirigente sindical Ricardo Barcellos, “condenada”, pois não tem mais conserto e não foi trocada. “Clientes e trabalhadores estão expostos à falta de segurança. São cidadãos que deveriam estar seguros, que sacam fundo de garantia, benefícios. Sem falar que o movimento é maior às vésperas das festas de fim de ano”, alerta  .

“É apenas um dos casos que comprovam que o lucro apurado pelo banco, considerado recorde, vai à contramão da realidade de seus trabalhadores, que sofrem insegurança em locais como esse”, diz o dirigente, acrescentando que, mesmo com o anúncio de mais contratações e abertura de centenas de novas agências até o fim de 2012, há estabelecimentos mais antigos que continuam com poucos empregados, apresentam filas intermináveis e problemas em aparelhos de ar-condicionado.

Sindicato cobra - A área gestora responsável pela infraestrutura das agências é a Gilog. Somente após diversos comunicados e cobranças do Sindicato, representantes da Reseg e da Gilog visitaram o local para avaliar os problemas. “A Gilog está focada na abertura das novas unidades, essenciais para o crescimento e desenvolvimento do país. No entanto, apenas questões negociais estão sendo priorizadas, enquanto a demanda enorme de problemas estruturais é deixada de lado o que compromete as condições de trabalho dos empregados”, relata Dionisio Siqueira, diretor da Fetec-CUT/SP, ao exigir da direção do banco mais respeito com os bancários.

Nesta quarta 12 dirigentes do Sindicato verificarão se houve solução apenas paliativa ou definitiva para o problema na agência localizada na região de Pinheiros.


Gisele Coutinho – 11/12/12

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