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Bancários europeus repudiam demissões no Brasil

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Em carta, trabalhadores do Santander na Espanha, Reino Unido, Itália, Alemanha e Portugal expressam solidariedade aos brasileiros
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São Paulo – O Comitê de Empresa Europeu do Santander divulgou comunicado manifestando solidariedade aos trabalhadores do banco no Brasil e repúdio às demissões coletivas realizadas pela instituição sem qualquer negociação com as entidades sindicais.

Formado por sindicatos dos funcionários do grupo na Espanha, Reino Unido, Itália, Alemanha e Portugal, o Comitê reforça que os processos de reestruturação devem contar com a participação dos trabalhadores: “Não é socialmente responsável nem admissível nenhuma forma de omissão de informação e consulta à representação sindical que a empresa deve realizar quando se trata de reestruturação que afeta a dispensa em massa de parte de seus trabalhadores", afirmam na carta, que tem versões em espanhol e em inglês.

> Leia a versão em espanhol e em inglês

O Comitê destaca que a participação dos trabalhadores nesses processos é um compromisso assumido pelo Santander em acordos coletivos firmados com entidades sindicais de vários países e que deveria ser respeitado: “Os processos de reestruturação que o Grupo Santander realiza devem ser feitos por acordo, com participação sindical e esgotadas todas as vias através de fórmulas não traumáticas para o emprego, como consta nos distintos acordos e convenções que o Grupo tem assinado”.

Os sindicatos europeus também informam que se dirigirão à alta direção de Recursos Humanos do Grupo “para exigir com toda firmeza o início imediato de um processo de negociação com a representação sindical no Banco Santander Brasil para garantir uma saída não traumática e nas melhores condições para as pessoas afetadas no ajuste de emprego iniciado pela empresa”.

Apoio internacional – Os bancários do Santander no Brasil também receberam apoio da UNI Américas, por meio de moção de repúdio aos cortes no país aprovada no congresso em Montevidéu, e da UNI Sindicato Global, que lidera campanha por meio da qual sindicatos de todos os continentes e todas as categorias podem assinar carta a ser enviada ao presidente do banco no Brasil, Marcial Portela, e ao presidente do grupo espanhol, Emilio Botín, contestando os desligamentos.

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Redação, com informações da Contraf-CUT - 14/11/2012

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