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Jogo de panelinha no CSO e CSL do BB

Linha fina
Processo nacional de reestruturação dos centros operacional e de logística tem dado margem para que gerentes indiquem cargos por critério político
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São Paulo – A reestruturação nacional do CSO e do CSL (centros de suporte operacional e de logística) do Banco do Brasil, além da insegurança que tem causado aos trabalhadores, transformou-se em uma oportunidade para que gerentes da instituição exercessem o poder do cargo com arbitrariedade, ameaçando descomissionar ou nomear funcionários de forma política.

“A reestruturação abre espaço para o famoso ‘quem indica’. Trata-se de um verdadeiro jogo de panelinha, com os gestores prometendo cargos para alguns e perda de função para outros, sem qualquer critério que não seja a sua vontade política. É como se tivessem o rei na barriga”, critica o diretor do Sindicato Paulo Rangel.

O dirigente acrescenta que, enquanto isso, funcionários com qualificação e anos de dedicação ao banco deixam de ser valorizados. “Os critérios de perda ou ganho de função no banco deveriam priorizar o profissionalismo das pessoas. Do contrário, a instituição não se beneficia do próprio tempo que gastou investindo no aprimoramento do empregado. O Sindicato continuará pressionando o banco para que adote critérios transparentes”, afirmou.

Reestruturação – O BB está diminuindo os CSO e CSL das capitais do Norte, Nordeste e Centro-oeste, e concentrando-os em São Paulo, Curitiba e Minas Gerais. Isso tem provocado protestos dos funcionários dessas regiões e causado insatisfação também nos bancários de São Paulo. “O processo não está sendo implementado de forma transparente pela direção do banco. Mexe com a vida de centenas de bancários que não sabem se serão ou não transferidos para outro estado, e interfere também no dia a dia dos funcionários do CSO e CSL de São Paulo, pois abrem espaço para disputas e indicações que não seguem as próprias normativas do banco”, diz Paulo Rangel.

Ele ressalta ainda que essa reestruturação tem como único objetivo reduzir os custos do banco, numa lógica de instituição privada que não condiz com o perfil de banco público.


Andréa Ponte Souza - 3/12/2012

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