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Sindicato cobra BB sobre mudança de setores

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Medida que prevê a transferência de cerca de 1.500 trabalhadores da região central foi debatida durante reunião nesta terça 11; novo encontro está agendado para janeiro
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São Paulo – Possíveis transferências de setores que atualmente funcionam no centro de São Paulo para outras regiões da cidade foram as principais questões tratadas na reunião entre a direção do Banco do Brasil e o Sindicato. No encontro desta terça 11, os representantes dos trabalhadores questionaram o gerente-geral do Centro de Serviços de Logística (CSL) sobre os motivos da mudança e cobraram o compromisso de que o processo seja conduzido com transparência.

De acordo com o gestor do CSL, setor responsável pela locação de espaços e estruturação das unidades do Banco do Brasil, estão sendo analisados imóveis em outras regiões com o objetivo de melhorar as instalações dos setores, uma vez que está prevista a ampliação do número de funcionários em departamentos da base de São Paulo. A denúncia que chegou ao Sindicato era a de que o prédio da antiga Siemens, na Lapa, seria o novo local de trabalho. Entretanto, segundo o gerente-geral, nenhum espaço foi definido e o processo de reestruturação de algumas áreas ainda está em andamento.

Os dirigentes sindicais cobraram do banco transparência e ampliação do debate sobre a real necessidade da mudança, pois há a possibilidade de racionalizar a ocupação do espaço, com a ampliação de um para dois turnos de trabalho, respeitando a jornada de seis horas. É o que explica o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, ao acrescentar que é imprescindível o respeito à rotina e à vida pessoal do bancário. “O funcionário teve de se adaptar ao trabalho no centro no que diz respeito ao transporte, serviços de saúde, estudo e organização pessoal. Não é possível que de uma hora para a outra o banco resolva transferir funcionários sem respeitar essas particularidades.”

O dirigente destacou que o número de trabalhadores envolvidos na mudança aumenta a responsabilidade do banco de respeitar a negociação com todos. São cerca de 1.500 bancários dos setores CSA (Centro de Suporte do Atacado), CSO (Centro de Suporte de Operações) e CSI (Centro de Suporte Imobiliário) abrangidos na possível mudança.

Ernesto ainda alerta sobre as constantes reestruturações que passaram a fazer parte da estratégia da atual gestão do banco. “Todo ano é uma reestruturação nova”, relata. Ele questiona esse modo de produção estabelecido pela instituição, que, segundo ele, claramente se move pela lógica do lucro e desvalorização do trabalhador. “Toda essa engrenagem é o que causa o adoecimento, insegurança e ruptura de carreiras, pois não se cria mais vínculos com mudanças a todo instante. E mais grave ainda é o aprofundamento da exploração da massa de assalariados em nome da lucratividade. Essa lógica precisa mudar. Trabalhador precisa ser visto e respeitado como ser humano”, defendeu.

Dê sua opinião - Segundo Ernesto Izumi, nova reunião para tratar do assunto ocorrerá em janeiro de 2013. Diante disso, o Sindicato pede aos trabalhadores que mandem sugestões ou informações por meio do [email protected].

Outras demandas – Na ocasião, os representantes dos trabalhadores cobraram o banco sobre a notificação feita pela Eletropaulo a respeito de vazamento no transformador da agência do BB no Jaguaré. “Explicamos que o óleo do vazamento é contaminante e, por isto, é necessário tomar as providências imediatamente”, explicou Ernesto. O banco ficou de apurar o caso e dar um retorno ao Sindicato.

Outra reivindicação dos funcionários foi a respeito da suspensão da instalação de aparelho de ar-condicionado na agência Monte Serrat, em Cotia. O banco ficou de averiguar e dar retorno aos trabalhadores.

As recentes ocorrências de arrombamentos na agência da Capela do Socorro, na zona sul, também foram motivo de cobrança. De acordo com Ernesto, foi pedida a instalação de grades de segurança e os representantes do banco se comprometeram a resolver o problema.


Tatiana Melim – 11/12/2012

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