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Sindicato critica Anabb por proposta de dias parados

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Representação discorda de sugestão da associação para desconto de horas não compensadas
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São Paulo - O Sindicato não concorda com a proposta da Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil), feita à direção do Banco do Brasil, para que as horas de greve não compensadas sejam descontadas nos abonos, licença-prêmio, folgas ou salários.

O diretor executivo do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil Ernesto Izumi lembra que a compensação dos dias de greve está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), documento cujos termos foram aprovados em assembleias sendo válidos para todos os bancários.

Segundo a cláusula 56 do acordo atualmente em vigor, "os dias não trabalhados entre 18 de setembro de 2012 de 26 de setembro de 2012, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com prestação de jornada suplementar de trabalho no período compreendido entre a data da assinatura desde Concenção Coletiva de Trabalho até 15 de dezembro de 2012, e, por consequência, não será considerada como jornada extraordinária, nos termos da lei".

"A CCT é reflexo da correlação de forças entre trabalhadores e empresas. Por isso o Sindicato orientou os funcionários a realizarem a compensação ao mesmo tempo em que cobrou que o BB não tomasse medidas de retaliação, como a imposição sem necessidade dos serviços e sem levar em conta a conveniência do trabalhador ou o cancelamento de férias. Nenhum banco desconta as horas eventualmente não compensadas após o período de compensação", afirma o diretor.

O Sindicato também critica o método sugerido pela Anabb. "Embora seja louvável a preocupação em evitar prejuízos aos funcionários que se recusaram a compensar, não cabe à associação apresentar proposta que, ainda que com boa fé, possa se tornar referência negativa para a categoria, inclusive bancos privados", explica Ernesto. O dirigente acrescenta que o papel de negociador cabe à Contraf-CUT, que junto com os sindicatos detém a representação legítima dos trabalhadores.

“Com o fim do período de compensação, o assunto precisa ser encerrado, da mesma forma que no ano passado. O banco não pode continuar o conflito utilizando práticas antissindicais, pois o prejuízo também afeta a empresa pública, que fica imobilizada. A Contraf e sindicatos tomaram várias iniciativas contra retaliações ou desconto, incluindo ações na justiça, representação no Ministério Público e protestos para proteger os funcionários contra perseguições e elogiamos a preocupação da ANABB, mas não cremos que o banco mude sua postura apenas a partir de um pedido sem a pressão da base“ completa Ernesto Izumi.


Redação - 19/12/2012

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