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Caixa reconhece que há falha no login único

Linha fina
Representantes dos empregados comprovaram que sistema pode ser acessado em mais de um terminal
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São Paulo – A segunda reunião do fórum paritário que discute condições de trabalho, conquista da Campanha 2013, foi interrompida por cerca de duas horas nesta terça 17 a pedido dos representantes dos trabalhadores. O motivo foi uma visita pré-agendada a uma agência de Brasília para elucidar um impasse: se o login único poderia ou não ser utilizado para acessar mais de um terminal.

Na unidade foi constatado que a senha validava mais de um equipamento e que o sistema não caia automaticamente após o empregado registrar a saída. “O login único deveria funcionar apenas em um equipamento e mesmo após bater o ponto de saída, o terminal financeiro prossegue disponibilizado. Isso permite o trabalho extraordinário fraudulento”, explica o dirigente sindical Dionísio Reis, que participa do fórum.

Os negociadores da Caixa reconheceram que há falha na relação do sistema Sisag com o ponto eletrônico e se comprometeram a resolver o problema. Além disso, afirmaram que a implantação do Sisag foi suspensa em 3 de dezembro e que até março o “reloginho” voltará a ser visualizado pelos caixas executivos. Esses bancários reclamavam que, sem esse dispositivo, tinham dificuldade em averiguar o término da jornada.

Gilog – Nos debates sobre estrutura e abertura de novas agências, a Caixa também reconheceu que os trabalhadores do setor de logística (Gilog) foram sobrecarregados nos últimos dois anos. A explicação dada foi que o banco público abriu cerca de 900 novas unidades entre o começo do ano passado e o final de 2013, mas que para 2014 a meta é abrir 200 agências. Assim, na tese do banco, a Gilog terá uma estrutura melhor para trabalhar. “Voltamos a insistir que a Caixa tem de dar melhores condições de trabalho e ampliar o quadro de pessoal desse setor. Pois o serviço não para com a inauguração. A Gilog é responsável também pela manutenção desses locais e com o quadro de bancários tão defasado é praticamente impossível dar conta de toda a demanda”, explica.

Ainda sobre a estrutura das unidades, a instituição financeira afirmou que tem nova empresa responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. Com isso, a Caixa espera solucionar uma das maiores queixas dos empregados em relação à quebra desses equipamentos, principalmente no verão.

Empregados por setor – Na negociação, os dirigentes sindicais reivindicaram que a ampliação do quadro de empregados ocorra por setor – mais caixas, mais tesoureiros, avaliador de penhor, entre outros – para suprir as necessidades das unidades. Além disso, voltaram a exigir mais agilidade na convocação de concursados.

Nessa questão, a Caixa se posicionou afirmando que, após um ano da inauguração de uma agência é feito redimensionamento para checar se o número de empregados é o ideal. “Deixamos claro que a empresa está equivocada nessa política. As pessoas não têm de ficar sofrendo um ano pela falta de um estudo mais aprimorado. O que tem de haver é a abertura já com o número correto de pessoas para atender à população.”

Tesoureiros – A instituição financeira aceitou a reivindicação do Sindicato e afirmou que as questões de ergonomia e outros problemas no ambiente de trabalho ficarão apenas como atribuições dos cipeiros e não mais com os tesoureiros, como ocorre atualmente. O banco informou estudar forma de fazer essa transferência de tarefa da melhor maneira possível. “Reivindicamos que o cipeiro tem de ser treinado para lidar com os problemas estruturais das unidades e ter autonomia para cobrar soluções”, explica Dionísio.


Jair Rosa 17/12/13

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