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Contraf-CUT repudia tentativa de impeachment

Linha fina
Em nota, confederação ressalta que presidenta foi eleita democraticamente e que processo configura em manobra de Eduardo Cunha para desviar atenção das acusações de corrupção contra ele
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de aceitar abrir processo de impeachment contra a presidenta da República, Dilma Rousseff.
> Em nota, CUT refuta golpe e o retrocesso
Dilma Rousseff foi eleita democraticamente pelo povo num processo eleitoral muito disputado e duro. Seu mandato vem sendo alvo de ações revanchistas e golpistas por parte dos que foram derrotados na ocasião e acreditam ser possível mudar o resultado desrespeitando as urnas.
Para a Contraf-CUT, esta decisão está sendo tomada na contramão da agenda do País e, muito pior, tomada com propósitos diferentes das suas finalidades, por um deputado que está numa situação constrangedora e sem condições de continuar a presidir a Câmara.
Configura claramente uma manobra para desviar o foco das atenções dos problemas do próprio deputado em relação as acusações de corrupção que vêm sendo reveladas ao público.
O processo de impeachment não tem origem em crime de responsabilidade tipificado na Constituição, nem existe qualquer acusação contra a presidenta que permita o início de um processo com tal radicalidade. Prosseguindo, poderá tumultuar o Parlamento e estremecer a nossa frágil democracia.
Os trabalhadores não suportam mais a agenda da crise interferindo na economia.
Precisamos tirar da pauta a disputa eleitoral e voltar a discutir como crescer, como gerar emprego, como melhorar a renda, voltar a incluir pessoas. Essa é a agenda que os trabalhadores querem.
 
Contraf-CUT - 4/12/2015
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