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Copom reduz Selic para 13,75% ao ano

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Comitê do Banco Central faz segundo corte seguido de 0,25 ponto percentual. "A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade econômica pode ser mais demorada e gradual", diz o colegiado
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Rede Brasil Atual, com edição da Redação
1º/12/2016


São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta 30 por novo corte de 0,25 ponto percentual, o segundo seguido, na taxa básica de juros, a Selic, que foi para 13,75% ao ano. O resultado mais conservador já era esperado, embora alguns acreditassem em corte mais profundo, de meio ponto.

A decisão foi unânime e sem viés.

"O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica aquém do esperado no curto prazo, o que induziu reduções das projeções para o PIB em 2016 e 2017. A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade econômica pode ser mais demorada e gradual que a antecipada previamente", diz o comitê, em nota divulgada logo após o término da reunião.

Durante mais de um ano, de julho de 2015 a outubro de 2016, o Copom manteve a Selic em 14,25%, optando por cortes nas duas últimas reuniões, diante de um cenário de queda da atividade econômica, perspectiva de lenta recuperação e certo controle da inflação. Por outro lado, a alegação é de que o cenário externo ainda causa preocupação, ainda mais com uma vitória até certo ponto inesperada de Donald Trump nas eleições para a presidência dos Estados Unidos.

"No âmbito externo, o cenário apresenta-se especialmente incerto. O aumento da volatilidade dos preços de ativos indica o possível fim do interregno benigno para economias emergentes. Há elevada probabilidade de retomada do processo de normalização das condições monetárias nos EUA no curto prazo e incertezas quanto ao rumo de sua política econômica", afirma o Copom.

Os 13,75% representam retorno ao nível de junho de 2015. Na época, o IPCA acumulado em 12 meses estava em 8,89%. Em outubro, último dado disponível, era de 7,87%, o que indica juros um pouco mais elevados agora, em termos reais.

"A inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida", comenta o comitê.

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