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Metalúrgicos nas ruas contra reforma da Previdência

Linha fina
Cerca de 12 mil trabalhadores mobilizados paralisaram a Anchieta, em São Paulo, e reafirmaram disposição em lutar contra a aprovação da proposta do governo Temer que impõe graves retrocessos
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Rede Brasil Atual, com informações da Agência Brasil
9/12/2016


São Paulo – Metalúrgicos das montadoras Volkswagen e Mercedes-Benz e Ford, e de outras empresas do ABC realizaram na manhã de sexta-feira 9 um protesto contra a reforma da Previdência Social proposta pelo governo Temer. O grupo se concentrou na Rodovia Anchieta, via que liga a capital paulista ao litoral do estado, próximo à cidade de São Bernardo do Campo.

Cerca de 12 mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (Smabc), participaram da mobilização. "Precisamos mostrar para o Brasil que nós, metalúrgicos, não aceitamos essa reforma. Não podemos permitir que se pratique esse golpe contra o trabalhador", afirmou Luizão, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT).

"Esta mobilização é muito importante para a classe trabalhadora. Não podemos permitir que este projeto nefasto seja aprovado. É uma caminhada que vale pela vida inteira", destacou o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre.

O ato faz parte de agenda de ações organizada pelas centrais sindicais, que são contrárias à reforma da Previdência proposta pelo governo federal. Para as entidades, as mudanças ameaçam o direito à aposentadoria e as garantias da seguridade social.

"Precisamos lutar pelo direito de construir nosso futuro, para que possamos curtir a nossa aposentadoria", ressaltou o secretário- geral do Smabc, Wagner Santana, o Wagnão, ainda durante a concentração, na porta Volkswagen.

O projeto estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem e tempo mínimo de contribuição de 25 anos. Para obter o benefício em valor integral, o trabalhador precisará pagar por 49 anos. Na visão das entidades, as atividades com menor regulamentação e remuneração serão as mais prejudicadas.
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