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Sindicato recupera R$ 175,5 milhões para bancários

Linha fina
Valor resulta de ações individuais e coletivas movidas pela entidade contra bancos e de acordos em Comissões de Conciliação Voluntária
Imagem Destaque
Redação Spbancarios
16/12/2016


São Paulo – Um dos principais compromissos do Sindicato com a categoria é cobrar que os bancos respeitem os trabalhadores, o correto pagamento de horas extras, a aplicação de índices conquistados em campanhas nacionais e outros direitos.

Mesmo assim, os desrespeitos são frequentes, o que leva muitos bancários a acionar o departamento jurídico do Sindicato para tentar recuperar o que lhes é devido.

Para ter ideia do quanto os bancos prejudicam seus empregados, basta verificar o valor recuperado na Justiça de janeiro a novembro de 2016: foram R$ 56,5 milhões para cerca de 1,7 mil bancários beneficiados por ações individuais ou coletivas.

Um dos destaques foi processo coletivo que durou mais de 23 anos contra o extinto Banerj – banco público estadual privatizado no governo FHC e  adquirido pelo Itaú em 1997. A ação resultou no pagamento de mais de R$ 8 milhões a 844 trabalhadores. O pleito foi relativo ao não pagamento de diferenças salariais em 1993.

Uma das contempladas foi a ex-bancária Ivanir Monroni que recebeu seu cheque referente à ação das mãos da presidenta do Sindicato, Juvandia Moreria. O pagamento ocorreu em maio e, na ocasião, a ex-banerjiana fez alerta sobre os riscos de haver um novo ciclo privatista que poderia atingir o BB e a Caixa.

“Foram milhares de pessoas mandadas embora em poucos dias. Nem mesmo gestantes, pessoas lesionadas ou em período pré-aposentadoria tiveram a estabilidade respeitada. Quando vejo falarem que o Banco do Brasil e a Caixa podem ter o mesmo fim do Banerj, tudo isso me vem à mente. Não podemos deixar que isso aconteça. Vamos resistir, lutar, pois são patrimônios do povo brasileiro que estão em jogo.”

> Trabalhadores recebem ação do Banerj   

Culpa dos bancos – Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Carlos Damarindo, os bancos são um dos grandes responsáveis por haver tantos processos em tramitação na esfera trabalhista.

“Eles submetem as pessoas a uma jornada desumana de trabalho e, muitas vezes, dão calote nas horas extras e outros direitos. Apostam que a maioria das pessoas não ingressará com ação”, afirma o dirigente sindical. “E quem entra, na maioria dos casos, tem de aguardar por muitos anos para receber o que é devido. Mesmo assim, vale a pena persistir para recuperar o que é seu por direito.”

CCV – Além das ações trabalhistas, o bancário tem a possibilidade de recorrer às Comissões de Conciliação Voluntária (CCVs) mantidas pelo Sindicato com Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa.

As CCVs são acordos extrajudiciais. Reúnem numa mesma mesa o trabalhador e representantes do Sindicato e do banco para tentar resolver pendências, buscando entendimentos para os acertos. A pessoa pode aceitar ou não o que é proposto.

De janeiro a novembro deste ano, 1.887 bancários chegaram a acordo em CCVs, resultando em R$ 119 milhões.

Plantão jurídico – O Sindicato disponibiliza assessoria jurídica, mediante agendamento, a bancários, financiários e trabalhadores em cooperativas de crédito e em empresas prestadoras de serviços do setor. O atendimento presta consultoria sobre dúvidas trabalhistas e previdenciárias, bem como ingresso de ações judicias.

Esses profissionais não cobram pelo atendimento, nem abordam os bancários oferecendo serviços.

O plantão de advogados é feito na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, próximo a estação São Bento do Metrô) e na regional Osasco (Rua Presidente Castelo Branco, 150) de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Os agendamentos podem ser feitos por meio da Central de Atendimento Telefônico: 3188-5200.
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