O processo democrático exercido pelo voto popular é o caminho, sabemos. Isso significa lutar pela vitória, aceitar a derrota e, sempre, militar pelos nossos ideais e convicções.
O ideal, porém, muitas vezes se torna o possível. Tal situação ocorreu na construção do Acordo Coletivo que trata da Saúde Caixa, especificamente, em relação ao custeio do plano de saúde.
Foram muitas rodadas de negociação, seis meses debruçados em cálculos e alternativas para atender as necessidades e reivindicações dos trabalhadores. Realizamos vários debates, informativos e bate-papos. Estivemos atuando nas redes e nas agências. Virtualmente e também olhos nos olhos.
Na semana passada, cumprindo a legislação, como é nosso dever e responsabilidade, publicamos o edital convocando trabalhadores para assembleia.
Há 100 anos realizamos assembleias ouvindo e cumprindo a decisão dos trabalhadores. O rito da assembleia é parte primordial do processo negocial, uma vez que é o espaço onde são consolidadas as deliberações dos trabalhadores. Não podemos esquecer que fomos pioneiros na pandemia com as assembleias virtuais. Nunca paramos.
Na manhã desta terça-feira 5 fomos surpreendidos por uma liminar impedindo a assembleia que delibera sobre a proposta e sobre o formato de custeio do Saúde Caixa. Esta tentativa de silenciar a legítima organização dos trabalhadores não nos intimida. Vamos fazer novo edital e realizar a assembleia na sexta-feira 8.
Permanecemos atentos e prontos para o diálogo. Entendemos que o formato negocial que celebramos, além de seguir as regras é totalmente democrático. Usar esse momento tão delicado para o trabalhador como forma de manifestar oposição política é desrespeitar nossa história de luta e de compromisso.
