São Paulo – A Caixa Federal atingiu no ano de 2014 lucro de R$ 7,1 bilhões, representando crescimento de 5,5% na comparação com o ano anterior. Os números, divulgados na quinta-feira 12 pelo balanço anual do banco, reforçam o papel do banco 100% público.
A Comissão Executiva dos Empregados enviou carta à direção reivindicando o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) o quanto antes. A data limite prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é 2 de março.
O destaque continua sendo o crédito habitacional: 67,7% de participação no mercado pertencem à Caixa, registrando crescimento de 25,7% e saldo de R$ 339,8 bilhões. “É o nosso carro-chefe, seguido por infraestrutura e crédito consignado”, explicou o presidente da Caixa, Jorge Hereda, que se despediu da direção, anunciando ser contrário à abertura de capital da instituição.
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O saldo das operações de saneamento e infraestrutura apresentou alta de 52,8% em 12 meses e 10,5% no trimestre, somando R$ 56,7 bilhões, que corresponde a 9,4% do crédito total.
Ao mesmo tempo que mantém seu papel social, entre junho e agosto a Caixa se tornou o terceiro maior banco em ativos e antes disso já havia conseguido chegar ao posto de segundo maior em carteira de crédito, que alcançou o saldo de R$ 605 bilhões, aumentando em 22,4% em 12 meses. Já os ativos foram de R$ 1,1 trilhão, 24% maior que em 2013.
O banco contou, ainda, com aumento de mais de 6 milhões de novos clientes: são 78,3 milhões de correntistas e poupadores, aumento de 9,3% em um ano.
100% pública – A carteira de crédito ampliada alcançou saldo de R$ 605 bi, crescimento de 22,4% em 12 meses. “A Caixa, sozinha, foi responsável por 36,1% do crescimento total do mercado de crédito no país nos últimos doze meses, obtendo participação de 19,8%. Isso só ressalta o quanto o banco, 100% público, é fundamental para o Brasil, além de ter sido o único banco que gerou novos postos de trabalho”, ressalta a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
A contratação de empregados chegou a 101.484, aumento de 3.286 em relação a 2013. O banco também inaugurou 103 novas unidades em 2014, perfazendo um total de 3.391 agências. A despesa de pessoal expandiu 12,2% em 2014, totalizando R$ 17,873 bilhões.
Um dos principais agentes na execução dos programas governamentais, durante 2014 a Caixa pagou R$ 28 bilhões em benefícios sociais e R$ 199,9 bilhões em benefícios aos trabalhadores, crescimento de 5,6% e 11,2%, respectivamente, em 12 meses.
No ano passado, a Caixa injetou R$ 689,6 bilhões na economia brasileira, o que corresponde a aproximadamente 13,4% do PIB do país por meio de contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal, destinação social das loterias, dentre outros. Em 2015, o banco não precisará do aporte do governo e possivelmente também em 2016.
Calendário de lutas - Em 27 de fevereiro, os trabalhadores promovem o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública. O objetivo é mobilizar os mais de 100 mil empregados, as entidades representativas da categoria e toda a sociedade. Dez mil cartazes com a frase Eu Defendo a Caixa 100% Pública já estão sendo enviados para as mais de quatro mil unidades do banco. A ideia é utilizar o material em uma grande ação nas agências e em fotos a serem postadas nas redes sociais com a hashtag #acaixaédopovo.
Antes, uma audiência pública, convocada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF), vai debater a defesa da Caixa Econômica Federal 100% Pública: no dia 25 de fevereiro, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.
Redação - 12/2/2015
