Pular para o conteúdo principal

Samba, suor e seja o que for!

Linha fina
Com o tema Eu sou... E você? O que é? Seja o que você for, respeite o que o outro é!, Bloco dos Bancários coloriu as ruas do Centro
Imagem Destaque

São Paulo - Contra a intolerância, o Bloco dos Bancários sambou contra o preconceito e pelo respeito à diversidade no final da tarde da quinta 12, quando tomou as ruas do centro velho de São Paulo.

> Fotos: galeria do desfile do bloco
> Vídeo: matéria especial do desfile

Ao som da banda BatucaZuma, foram entoadas as tradicionais marchinhas, que arrastaram muita gente. Outros acompanharam a passagem ao pegar leques de papelão, distribuídos pelo Sindicato, com mensagem sobre o tema Eu sou... E você? O que é? Seja o que você for, respeite o que o outro é! e números de disque-denúncia para violência contra a mulher (180), LGTBs (100), racismo e xenofobia (190) e da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (3311-3555).

“Como Sindicato Cidadão, a gente tem contribuído muito para as questões de respeito à diversidade, contra qualquer tipo de preconceito a negros, mulheres, gays...”, disse Daniel Reis, secretário Cultural do Sindicato.

Para a secretária-geral da entidade, Ivone Maria da Silva, “colocar o Bloco dos Bancários nas ruas é levar essa conscientização a todos, numa festa em que as diferenças não importam, em que todos podem entrar”.

A musa do bloco Maíra Biet deu um show de beleza e samba no pé. Estudante de Direito, declarou achar o tema importantíssimo para uma sociedade mais justa e civilizada.

Foliões – Não foram poucos aqueles que desviaram o caminho para acompanhar o bloco até o fim. O ciclista Marcos Tavares é um exemplo: “Foi por acaso. Sou taxista e ando de bicicleta sempre de manhã. Hoje foi diferente e resolvi acompanhar”, disse o folião que afirmou que a tolerância é ligada à educação, que precisa melhorar.

Já um grupo de bancários estava indo pegar as fantasias para a festa no banco, que aconteceria no dia seguinte, quando se deparou com o bloco. Um deles elogiou: “Olha, arrasaram no tema. Sou gay e acho que são coisas assim que ajudam a desenvolver a consciência do povo. Tem muito crime de ódio por aí”.

Dona Maria, que disse “morar longe, em Santo Amaro”, saiu da imobiliária em que trabalha e não se fez de rogada: sambou e cantou em todo o trajeto. O circuito foi da Praça Antônio Prado, na frente do Sindicato, à Praça do Patriarca, Rua 15 de Novembro e de volta à São João com a São Bento.

E no final, a senhora, de 66 anos, perguntou à repórter: “Amanhã tem mais? Não? Ah, que pena, né?”, lamentou-se sorrindo.

Na programação oficial – Desde 2014, quando o Decreto n° 54.815 regulamentou o Carnaval de Rua de São Paulo, o Bloco dos Bancários está inscrito na programação oficial da cidade. Com o cadastramento, além da divulgação, é oferecido apoio como segurança. Para curtir outros blocos na cidade, clique aqui.


Mariana Castro Alves – 12/2/2015
 

seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1