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Paralisações se alastram por todos os cantos

Linha fina
Inúmeras categorias aderiram ao dia de luta contra o PL da Terceirização, limitação de direitos, em defesa da democracia e pelo fim do fator previdenciário
Imagem Destaque

São Paulo – O Dia Nacional de Paralisação e Manifestações Rumo à Greve Geral está presente nas mais diferentes regiões do estado de São Paulo, com a adesão das mais diversas categorias. As entidades combatem o PL da Terceirização e medidas que dificultam acesso a direitos, além de defender a democracia e o fim do fator previdenciário.

Os bancários de São Paulo, Osasco e região pararam agências e concentrações da Avenida Paulista e adjacências, centro velho e centro novo e, ainda o Casa 3, concentração do Santander na zona sul.

> Categoria para contra retirada de direitos

"Se o 4330 passar, o Brasil vai parar e a próxima será uma greve geral por tempo indeterminado", afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas (foto ao lado).

Em greve há 80 dias, os professores estaduais realizam assembleia às 14h, no vão livre do Masp, também na Paulista. De lá, farão caminhada até a Praça da República, na região central, onde às 17h fazem ato unificado do funcionalismo público e movimentos sociais contra o descaso do governo Geraldo Alckmin (PSDB) com o ensino estadual.

> Fotos: galeria da CUT com os protestos pelo Brasil

Alunos e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) protestaram próximo à Cidade Universitária.

Ainda na cidade, a Ponte das Bandeiras, que cruza a Marginal do Tietê, ficou interditada por passeata.

Grande São Paulo – Os metalúrgicos do ABC (foto) concentraram-se logo cedo na porta da sede do sindicato da categoria, em São Bernardo do Campo, vindos de diferentes fábricas da região. De lá, partiram numa grande passeata – o sindicato estima em 20 mil pessoas – em direção à Praça da Matriz, local histórico de manifestações trabalhistas desde o final da década de 1970. Fábricas em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra interromperam atividades.

Também no ABC, motoristas e cobradores de ônibus pararam desde as 3h, e retomariam as atividades ao longo do dia.

Os trabalhadores do setor químico, do ABC e da capital, também começaram cedo suas manifestações. Desde as 5h houve “trancaço” na porta das empresas Lipson, em Diadema, Colgate, em São Bernardo, e na Oxiteno e na Solvay, em Santo André. Na capital, houve protesto diante da sede da Avon, na zona sul (foto à esquerda).

Conforme informações dos sindicatos, 50 mil trabalhadores participaram de atividades na região.

“A agenda econômica que está sendo adotada é aquela do candidato à direita, que nós derrotamos nas urnas. Não podemos esquecer de pedir que a presidenta Dilma vete o projeto que libera a terceirização total e que, ao contrário, aprove a mudança na Previdência. As MPs (medidas provisórias) 664 e 665 são ruins, pois retiram direitos de vocês. Mas junto com elas veio uma mudança boa, que é a aprovação da fórmula 85/95. A Dilma precisa sancionar este ponto”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, durante passeata no centro de São Bernardo.

Os vidreiros fizeram protesto com paralisação às 5h na Saint-Gobain, em Mauá, e às 6h na Pilkington, na Via Dutra, em Caçapava.


Em Guarulhos, ainda na Grande São Paulo, todas as linhas municipais pararam no início da manhã, bem como linhas intermunicipais operadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).

Em Osasco, metalúrgicos, bancários e outras categorias se uniram ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), com caminhada pelo centro da cidade e paralisação na Rodovia Castello Branco no sentido capital.

Litoral e interior – Na Baixada Santista diversas categorias paralisaram as atividades às 5h, concentradas na Avenida Presidente Wilson, divisa entre Santos e São Vicente. Em Cubatão, os trabalhadores da limpeza urbana e asseio fizeram paralisação às 5h, na Rodovia Piaçaguera com a Anchieta, divisa com Guarujá.

Em Campinas, petroleiros, metalúrgicos, eletricitários e bancários, entre outras categorias, cruzaram os braços às 5h.

Os trabalhadores das metalúrgicas do Distrito Industrial cruzaram os braços desde as 5h. Na Refinaria de Paulínia (Replan), que soma 1,2 mil funcionários, os petroleiros se concentraram às 6h na Portaria Sul e pararam no turno das 7h30. Seguem com mobilizações ao longo do dia e paralisação na Rodovia SP-332.

Os bancários paralisam agências na região e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), houve concentração desde as 7h na Portaria 6 da creche.

Ainda em Campinas, eletricitários da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) pararam e realizaram assembleias para debater a conjuntura. Estação de energia em Jaboticabal parou as atividades.

Em Sorocaba, os metalúrgicos deram início à jornada às 3h30 e pararam as atividades no Parque Industrial até as 8h30.

Em Registro, a CUT promoveu panfletagem e diálogo com a população, em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Com explicações didáticas sobre a retirada de direitos, o folheto também traz um “carômetro” dos deputados que votaram a favor do Projeto de Lei da terceirização.

Em São Carlos, os metalúrgicos cruzaram os braços na Tecumseh, Electrolux e na Volkswagen. Os servidores públicos e autárquicos municipais da cidade e de Dourado pararam setores da administração municipal, como o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). As ações também contaram com a participação dos bancários e servidores estaduais da saúde em Araraquara e dos metalúrgicos de Matão.

Brasil – Membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) mobilizam-se, no Rio Grande do Sul, em pelo menos três cidades: Porto Alegre, Passo Fundo e Pelotas. Na capital, ônibus não circularam pela manhã.

No Paraná, cerca de 800 integrantes do MST realizam o “trancamento” da rodovia que sai de Curitiba sentido Araucária. O massacre de professores promovido pelo governador Beto Richa no final de abril também foi lembrado pelos manifestantes (foto ao lado).

Em Santa Catarina, rodoviários e trabalhadores da limpeza pública interromperam suas atividades em adesão aos protestos.

Do outro lado do país, na Bahia, os trabalhadores do polo petroquímico de Camaçari aderiram à paralisação.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizam atividades em Fortaleza (CE), para chamar atenção para o projeto de lei das terceirizações. Houve ato em frente à sede da Companhia Energética do Ceará (Coelce), a distribuidora de energia elétrica do estado. Segundo o secretário-geral da CUT, Helder Nogueira, os trabalhadores da empresa paralisaram durante quatro horas. À tarde, o protesto no prédio da Oi Contax demonstrou o impacto da terceirização ilimitada entre trabalhadores jovens, segundo Nogueira. Os servidores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (Ufca) e da Integração Nacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) também participaram do Dia Nacional de Paralisação.

Já na capital de Pernambuco, Recife, bancários, trabalhadores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), servidores do INSS e de universidades públicas interromperam suas atividades. Ônibus e metrô não circulam desde as primeiras horas da manhã. Segundo a CUT Pernambuco, houve violência da Polícia Militar contra dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos (Sindmetal-PE).


> Leia a nota de repúdio da CUT

Em Campina Grande, na Paraíba, servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), professores da Universidade Federal (UFCG) e da rede estadual de ensino também fizeram paralisações e caminharam pelo centro da cidade. a capital cearense, rodoviários fecharam por duas horas os terminais de ônibus dos bairros Papicu, Siqueira, Lagoa, Messejana e Antônio Bezerra. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) também aderiu aos protestos e realizou caminhada pelo centro.

Em São Luís do Maranhão, bloqueios foram feitos em três pontos da cidade. Na capital de Sergipe, Aracaju, aproximadamente 700 pessoas participaram de ato público. Em Teresina, Piauí, 30 entidades sindicais reuniram cerca de 3 mil pessoas em passeata até a Praça da Liberdade. Já em Maceió, os ônibus não circularam no início da manhã e foi realizado um ato no centro da cidade.

Na região Centro-Oeste aconteceram atos em Goiânia, onde a circulação dos ônibus foi interrompida no começo da manhã e cerca de 2 mil trabalhadores participaram de uma caminhada; em Campo Grande, com mais de 5 mil pessoas em passeata pelo centro da cidade; e no Distrito Federal, com a paralisação das aulas em parte das escolas públicas e a realização de um ato na Praça do Buriti.

Em Belo Horizonte, o metrô parou e teve ato no centro da cidade. Também foi realizada uma manifestação em Contagem, na Grande BH.

Já no estado do Rio de Janeiro, trabalhadores portuários interromperam suas atividades em Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis.

No Norte do país foram realizados atos de adesão ao Dia Nacional de Paralisação e Manifestações Rumo à Greve Geral em Rio Branco, Macapá, Manaus, Belém, Boa Vista e Palmas. 


Redação, com Rede Brasil Atual  e CUT – 29/5/2015
(Atualizado às 18h40)

 

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