Imagem Destaque
São Paulo – Dirigentes do Sindicato visitaram o acampamento dos trabalhadores da Mercedes na sexta-feira 12 para levar mantimentos e prestar solidariedade aos manifestantes que lutam pela manutenção dos seus empregos. Cerca de 300 deles ocupam desde segunda-feira 8 uma praça de São Bernardo do Campo em frente a montadora alemã para força-la a reverter as 500 demissões ocorridas em maio e negociar outra saída.
“É resposabilidade de todo o movimento sindical que vocês sejam vitoriosos. Viemos aqui para dizer que estamos juntos nessa luta”, afirmou a diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro. “A gente sabe que os acionistas e os diretores da Mercedes estão muito bem, recebendo os lucros, e no primeiro momento de dificuldade a empresa age dessa maneira”, criticou o diretor executivo do Sindicato Marcelo Gonçalves. “Esperamos que esse movimento termine logo e com conquista. Sabemos que não é fácil deixar as famílias e estar aqui batalhando pelo emprego, mas um dia vocês vão pode dizer: eu lutei”, declarou a dirigente Sandra Regina.
A luta dos metalúrgicos está recebendo manifestações de apoio inclusive internacionais, como a visita de uma delegação da central sindical Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL). Trabalhadores alemães da Mercedes enviaram carta de solidariedade informando que se recusarão a produzir qualquer das peças ou veículos fabricados hoje pela filial brasileira.
“A Mercedes demitiu sem critério nenhum, demitiu quem tem 20 anos de casa e quem tem sete anos de casa, tem pessoas com deficiência, com doença ocupacional, gestante. [A montadora] Saiu dando tiro no escuro”, relata o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e coordenador da comissão de fábrica, Ângelo Máximo de Oliveira Pinto, o Max.
“É resposabilidade de todo o movimento sindical que vocês sejam vitoriosos. Viemos aqui para dizer que estamos juntos nessa luta”, afirmou a diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro. “A gente sabe que os acionistas e os diretores da Mercedes estão muito bem, recebendo os lucros, e no primeiro momento de dificuldade a empresa age dessa maneira”, criticou o diretor executivo do Sindicato Marcelo Gonçalves. “Esperamos que esse movimento termine logo e com conquista. Sabemos que não é fácil deixar as famílias e estar aqui batalhando pelo emprego, mas um dia vocês vão pode dizer: eu lutei”, declarou a dirigente Sandra Regina.
A luta dos metalúrgicos está recebendo manifestações de apoio inclusive internacionais, como a visita de uma delegação da central sindical Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL). Trabalhadores alemães da Mercedes enviaram carta de solidariedade informando que se recusarão a produzir qualquer das peças ou veículos fabricados hoje pela filial brasileira.
“A Mercedes demitiu sem critério nenhum, demitiu quem tem 20 anos de casa e quem tem sete anos de casa, tem pessoas com deficiência, com doença ocupacional, gestante. [A montadora] Saiu dando tiro no escuro”, relata o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e coordenador da comissão de fábrica, Ângelo Máximo de Oliveira Pinto, o Max.
Max ressalta que a fábrica anunciou as demissões e logo em seguida deu férias coletivas para evitar, segundo ele, uma reação do sindicato. “Ela não quer só demitir, quer desmobilizar, desorganizar, quer afetar a força dos trabalhadores, e está aproveitando o momento pensando no futuro para tomar as decisões sozinha, sem que o sindicato tenha condições de intervir. Mas aqui não tem parafuso que ela vá mexer sem que a gente participe. Ela não esperava o acampamento e toda a repercussão. Acho até que se arrependeu”, acrescenta.
Os trabalhadores acampados mostram que estão dispostos a resistir. “É uma situação difícil para a família, mas ao mesmo tempo a gente fica feliz de saber que não estamos sozinhos”, diz Marcos Aurélio Araújo, um dos 500 demitidos. Sua situação é ainda mais complicada porque sua esposa também foi dispensada. “A gente estava desesperançado, mas assim que começamos o acampamento, deu ânimo. Mostrou que vários sindicatos estão com a gente, muita gente está nos apoiando”, relata.
O Sindicato esteve no local na fria tarde em que foi comemorado o dia dos namorados deste ano. A data, entretanto, não foi suficiente para diminuir a determinação dos manifestantes compromissados.
“Acabei deixando minha esposa e meu filho de dois meses em casa, dei um beijo nela e vim para o acampamento”, conta Dijalma de Souza, um dos demitidos. “Ela ficou triste e eu fiquei chateado por não estar perto dela e do meu filho nesse frio que está hoje, mas ela concorda com a luta, e sabe que sem luta não há conquista. Tudo pelo emprego, porque o homem sem emprego não é nada.”
Rodolfo Wrolli – 15/6/2015
Os trabalhadores acampados mostram que estão dispostos a resistir. “É uma situação difícil para a família, mas ao mesmo tempo a gente fica feliz de saber que não estamos sozinhos”, diz Marcos Aurélio Araújo, um dos 500 demitidos. Sua situação é ainda mais complicada porque sua esposa também foi dispensada. “A gente estava desesperançado, mas assim que começamos o acampamento, deu ânimo. Mostrou que vários sindicatos estão com a gente, muita gente está nos apoiando”, relata.
O Sindicato esteve no local na fria tarde em que foi comemorado o dia dos namorados deste ano. A data, entretanto, não foi suficiente para diminuir a determinação dos manifestantes compromissados.
“Acabei deixando minha esposa e meu filho de dois meses em casa, dei um beijo nela e vim para o acampamento”, conta Dijalma de Souza, um dos demitidos. “Ela ficou triste e eu fiquei chateado por não estar perto dela e do meu filho nesse frio que está hoje, mas ela concorda com a luta, e sabe que sem luta não há conquista. Tudo pelo emprego, porque o homem sem emprego não é nada.”
Rodolfo Wrolli – 15/6/2015