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São Paulo – Desde abril as demissões no Itaú vêm se intensificando e aterrorizando ainda mais os bancários. A onda começou já no início do ano com a justificativa de que esses funcionários apresentavam baixa performance. “Só que essa explicação não convence, a avaliação não é abaixo da média, o que não justifica as dispensas”, aponta Valeska Pincovai, diretora do Sindicato. Em um ano e meio já são mais de 3,6 mil cortes.
Valeska lembra que mesmo após encerrado do processo de avaliação de performance, as demissões aumentaram. A resposta do Itaú é que alguns departamentos estão passando por reestruturação. “Ou seja, na prática, áreas estão sendo encerradas, como o Investfone no Centro Administrativo (CA) ITM, e não são todos os funcionários que estão sendo realocados”, completou.
Em outros departamentos como a Atec (área de tecnologia), os cortes estão acontecendo com mais intensidade. A maioria dos trabalhadores dispensada tem mais tempo de banco (acima de 10 anos) ou salário maior por terem cargo pleno, sênior ou coordenação. Já na rede de agências, os relatos são de que os funcionários estão sendo pressionados pelo Agir e quem não bate as metas é demitido. “A pressão vem de todos os lados e no banco todo a queixa é de que as metas são inatingíveis”, ressalta Valeska.
Questionado pelo Sindicato, o Itaú informou que há saldo positivo no número de contratações em relação às demissões. “O que apuramos são bancários com mais tempo de banco sendo dispensados e no lugar ocorre a contratação de um novo trabalhador com salário menor (o piso), fazendo com que essa rotatividade leve a média salarial para o ralo.” Segundo a dirigente, em áreas como a de tecnologia, além da troca de trabalhadores por causa dos salários, há também aumento de contratação de terceiros, PJs (pessoas jurídicas) e consultorias para substituição dos cargos com vencimentos maiores.
“Queremos que o Itaú valorize os seus funcionários, ofereça um plano de carreira e salário decente. E não os trate apenas como mais um número, que pode pesar depois de alguns anos e, por isso, tem tempo de vida curto dentro da empresa”, critica Valeska. A reivindicação também são contratações não para substituir os que se dedicam, mas para a rede de agências, onde o atendimento é precário. E que transforme em bancários os terceirizados, para que tenham todos os direitos reconhecidos.
“O Itaú quer se mostrar como um banco que contribui para a geração de empregos do país contratando inúmeros trabalhadores para as agências digitais e isso é positivo. Porém, é a máscara para esconder o outro lado da injustiça que acontece dentro dos locais de trabalho.”
As denúncias vêm de trabalhadores dispensados no ITM, CAT, CAR, CT, CA Brigadeiro, IBBA, além da rede de agências. “Estamos cobrando do banco que essas demissões parem e chamando os bancários para participar das nossas assembleias e mobilizações. Estamos entrando em nossa Campanha Nacional Unificada e cobraremos do Itaú que de fato cumpra com sua responsabilidade social, proporcionando melhores condições de trabalho, respeito e valorização dos seus funcionários”, conclui Valeska.
Luana Arrais – 27/7/2015
Valeska lembra que mesmo após encerrado do processo de avaliação de performance, as demissões aumentaram. A resposta do Itaú é que alguns departamentos estão passando por reestruturação. “Ou seja, na prática, áreas estão sendo encerradas, como o Investfone no Centro Administrativo (CA) ITM, e não são todos os funcionários que estão sendo realocados”, completou.
Em outros departamentos como a Atec (área de tecnologia), os cortes estão acontecendo com mais intensidade. A maioria dos trabalhadores dispensada tem mais tempo de banco (acima de 10 anos) ou salário maior por terem cargo pleno, sênior ou coordenação. Já na rede de agências, os relatos são de que os funcionários estão sendo pressionados pelo Agir e quem não bate as metas é demitido. “A pressão vem de todos os lados e no banco todo a queixa é de que as metas são inatingíveis”, ressalta Valeska.
Questionado pelo Sindicato, o Itaú informou que há saldo positivo no número de contratações em relação às demissões. “O que apuramos são bancários com mais tempo de banco sendo dispensados e no lugar ocorre a contratação de um novo trabalhador com salário menor (o piso), fazendo com que essa rotatividade leve a média salarial para o ralo.” Segundo a dirigente, em áreas como a de tecnologia, além da troca de trabalhadores por causa dos salários, há também aumento de contratação de terceiros, PJs (pessoas jurídicas) e consultorias para substituição dos cargos com vencimentos maiores.
“Queremos que o Itaú valorize os seus funcionários, ofereça um plano de carreira e salário decente. E não os trate apenas como mais um número, que pode pesar depois de alguns anos e, por isso, tem tempo de vida curto dentro da empresa”, critica Valeska. A reivindicação também são contratações não para substituir os que se dedicam, mas para a rede de agências, onde o atendimento é precário. E que transforme em bancários os terceirizados, para que tenham todos os direitos reconhecidos.
“O Itaú quer se mostrar como um banco que contribui para a geração de empregos do país contratando inúmeros trabalhadores para as agências digitais e isso é positivo. Porém, é a máscara para esconder o outro lado da injustiça que acontece dentro dos locais de trabalho.”
As denúncias vêm de trabalhadores dispensados no ITM, CAT, CAR, CT, CA Brigadeiro, IBBA, além da rede de agências. “Estamos cobrando do banco que essas demissões parem e chamando os bancários para participar das nossas assembleias e mobilizações. Estamos entrando em nossa Campanha Nacional Unificada e cobraremos do Itaú que de fato cumpra com sua responsabilidade social, proporcionando melhores condições de trabalho, respeito e valorização dos seus funcionários”, conclui Valeska.
Luana Arrais – 27/7/2015