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São Paulo – Demissões, assédio moral, sobrecarga, condições de trabalho inadequadas e metas abusivas. A dura realidade enfrentada por bancários do Itaú em concentrações e agências levou o Sindicato a realizar um ato no centro administrativo ITM na manhã da quarta-feira 29. Durante o protesto, dirigentes conversaram com os trabalhadores e distribuíram a última edição da Folha Bancária, com uma reportagem que aborda as demissões no Itaú, que em um ano e meio já somam 3,6 mil cortes.
> Fotos: galeria da manifestação no ITM
“No ITM tivemos demissões em diversas áreas. No atendimento 30 horas; SAC; Uniclass; ACC Cartões; Monitoria da Qualidade; Núcleo de Relacionamento Uniclass; Núcleo Cash; e Investfone, onde parte das atividades foram encerradas. Apesar de termos realocado vários funcionários, muitos foram afetados pelos cortes. Os bancários estão cada vez mais sobrecarregados”, critica o dirigente sindical da Fetec-CUT/SP Antônio Soares, o Tonhão.
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A escolha do Sindicato, de realizar o ato na quarta-feira 29, não foi à toa. Na data, o banco realizou uma atividade anual chamada OBA, na qual trabalhadores de atendimento são levados do ITM até um centro de convenções onde o banco apresenta seus números e cobra os bancários por mais resultados. Com o grande número de trabalhadores em trânsito, os dirigentes sindicais conseguiram ouvir as demandas de forma ampla, além de dar mais visibilidade ao protesto.
Denúncias – De acordo com Tonhão, o protesto foi muito bem recebido pelos funcionários do ITM, que aproveitaram a presença dos dirigentes do Sindicato para denunciar a insatisfação com o transporte oferecido pelo banco. “Quando o banco necessita transportar os funcionários até uma atividade externa, como o OBA, deixa vários veículos esperando. Só hoje contamos treze ônibus. Quando é o bancário que precisa do transporte no seu dia a dia, ele que tem de esperar por longos períodos ou se programar para sair mais cedo de casa, uma vez que o Itaú não disponibiliza veículos em número suficiente”, afirma.
Segundo o dirigente, outro problema existente no ITM é a obrigação dos operadores de atendimento trabalharem com diversos segmentos como, por exemplo, atenderem SAC, cobrança e vice-versa. “Eles são treinados via sistema e, sem a qualificação necessária, já começam a atender novos segmentos. Com isso, não conseguem cumprir metas de vendas, aderência seca e o TMA, além de ficarem mais suscetíveis a erros. Errando, são advertidos pelo banco e podem ser demitidos”, explica.
“O Sindicato reivindica que o banco interrompa a trajetória de demissões, que afeta principalmente bancários com mais tempo de casa e com salários maiores. Em maio, os trabalhadores admitidos na categoria bancária foram contratados ganhando em média 57% do que recebiam aqueles que deixaram o setor”, diz a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. “Estamos iniciando nossa Campanha Nacional Unificada e cobraremos do Itaú que garanta condições de trabalho melhores, respeito e valorização aos seus funcionários”, acrescenta Ivone.
CAT – A dura realidade denunciada no ato realizado nesta quarta 29 não é exclusividade do ITM. O Centro Administrativo Tatuapé (CAT) também é um dos locais onde os trabalhadores sofrem com assédio moral, metas abusivas e, principalmente, com os cortes promovidos pelo Itaú.
“A DCA (Diretoria de Canais de Atendimento), principalmente, é afetada pela política de demissões. Em várias áreas o Itaú força funcionários a encontrar vagas para se realocar. Se não encontram em um prazo de 30 dias, são demitidos”, diz o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho. “Reivindicamos que os bancários nessa situação sejam encaminhados para o Centro de Realocação. Queremos que o banco encontre uma vaga para o trabalhador que teve o cargo colocado à disposição, e não o contrário”, completa.
Outra reclamação comum entre os bancários do CAT é o transporte oferecido pelo banco. Segundo Serginho, o número de reclamações aumentou após o encerramento da linha Carrão. Para o dirigente, o número de ônibus é insuficiente, principalmente no atendimento aos funcionários com deficiência física. “O banco não disponibiliza veículos para suprir a demanda dos trabalhadores. É necessário que reveja imediatamente esta postura”, cobra Serginho.
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A escolha do Sindicato, de realizar o ato na quarta-feira 29, não foi à toa. Na data, o banco realizou uma atividade anual chamada OBA, na qual trabalhadores de atendimento são levados do ITM até um centro de convenções onde o banco apresenta seus números e cobra os bancários por mais resultados. Com o grande número de trabalhadores em trânsito, os dirigentes sindicais conseguiram ouvir as demandas de forma ampla, além de dar mais visibilidade ao protesto.
Denúncias – De acordo com Tonhão, o protesto foi muito bem recebido pelos funcionários do ITM, que aproveitaram a presença dos dirigentes do Sindicato para denunciar a insatisfação com o transporte oferecido pelo banco. “Quando o banco necessita transportar os funcionários até uma atividade externa, como o OBA, deixa vários veículos esperando. Só hoje contamos treze ônibus. Quando é o bancário que precisa do transporte no seu dia a dia, ele que tem de esperar por longos períodos ou se programar para sair mais cedo de casa, uma vez que o Itaú não disponibiliza veículos em número suficiente”, afirma.
Segundo o dirigente, outro problema existente no ITM é a obrigação dos operadores de atendimento trabalharem com diversos segmentos como, por exemplo, atenderem SAC, cobrança e vice-versa. “Eles são treinados via sistema e, sem a qualificação necessária, já começam a atender novos segmentos. Com isso, não conseguem cumprir metas de vendas, aderência seca e o TMA, além de ficarem mais suscetíveis a erros. Errando, são advertidos pelo banco e podem ser demitidos”, explica.
“O Sindicato reivindica que o banco interrompa a trajetória de demissões, que afeta principalmente bancários com mais tempo de casa e com salários maiores. Em maio, os trabalhadores admitidos na categoria bancária foram contratados ganhando em média 57% do que recebiam aqueles que deixaram o setor”, diz a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva. “Estamos iniciando nossa Campanha Nacional Unificada e cobraremos do Itaú que garanta condições de trabalho melhores, respeito e valorização aos seus funcionários”, acrescenta Ivone.
CAT – A dura realidade denunciada no ato realizado nesta quarta 29 não é exclusividade do ITM. O Centro Administrativo Tatuapé (CAT) também é um dos locais onde os trabalhadores sofrem com assédio moral, metas abusivas e, principalmente, com os cortes promovidos pelo Itaú.
“A DCA (Diretoria de Canais de Atendimento), principalmente, é afetada pela política de demissões. Em várias áreas o Itaú força funcionários a encontrar vagas para se realocar. Se não encontram em um prazo de 30 dias, são demitidos”, diz o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho. “Reivindicamos que os bancários nessa situação sejam encaminhados para o Centro de Realocação. Queremos que o banco encontre uma vaga para o trabalhador que teve o cargo colocado à disposição, e não o contrário”, completa.
Outra reclamação comum entre os bancários do CAT é o transporte oferecido pelo banco. Segundo Serginho, o número de reclamações aumentou após o encerramento da linha Carrão. Para o dirigente, o número de ônibus é insuficiente, principalmente no atendimento aos funcionários com deficiência física. “O banco não disponibiliza veículos para suprir a demanda dos trabalhadores. É necessário que reveja imediatamente esta postura”, cobra Serginho.
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Felipe Rousselet – 29/7/2015