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Bancários do HSBC contam com o Sindicato

Linha fina
Um dia depois de o Bradesco anunciar compra do banco inglês, dirigentes estiveram no centro administrativo e nas agências para falar com trabalhadores e esclarecer dúvidas
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São Paulo – No fluxo contínuo de trabalhadores que chegavam logo cedo no Centro Administrativo São Paulo, concentração do HSBC que reúne cerca de mil funcionários, ninguém deixava de pegar a última edição da Folha Bancária. Na terça-feira 4, um dia após o Bradesco anunciar a compra das operações brasileiras do banco britânico, é nas informações passadas pelo Sindicato que os bancários confiam nesse momento turbulento.

> Fotos: galeria do ato no Casp

Os dirigentes também estão percorrendo as agências para levar informação e ouvir os bancários.

Facebook Twitter do Sindicato
> HSBC vende operações para Bradesco

Na mesma terça, mas na parte da tarde, representantes dos bancários e do Bradesco se reuniram para tratar do emprego dos cerca de 20 mil funcionários do HSBC.

> HSBC e Bradesco afirmam: não haverá demissão em massa

“Aqui a informação sempre chega pra nós, podemos confiar”, disse um trabalhador apressado. “Estávamos apreensivos e ansiosos desde que o HSBC anunciou que estava a venda. Ainda estamos apreensivos, claro, mas vamos ver quais serão os desdobramentos dessa reunião de hoje com o Sindicato”, relatou um bancário sindicalizado já há 30 anos que já viveu um momento parecido. “Eu era do Bamerindus quando o HSBC o comprou”, lembra. “Agora, pensamos mais nos trabalhadores mais jovens, de como será esse sistema financeiro daqui alguns anos para esses bancários que têm uma carreira pela frente”.

Na noite de segunda-feira, durante apresentação do MB com a Presidenta, programa de webtv do Sindicato, um bancário enviou sua pergunta, questionando se terá PDV (plano de demissão voluntária) no HSBC. A presidenta Juvandia Moreira respondeu: “Na reunião vamos cobrar dos bancos primeiro a garantia dos empregos e dos direitos. Queremos uma comissão para acompanhar a transição. Emprego é prioridade pra gente”, enfatizou a dirigente. Assista aqui.

Outro bancário do HSBC que fez questão de parar para conversar com os dirigentes em frente ao Casp falou sobre suas preocupações. “Qualquer fusão é difícil. Sempre pensamos que vem cortes pela frente. Mas conheço o Sindicato e tenho certeza que os danos serão amenizados com essa atuação.”

Luta por direitos e emprego – A manutenção dos direitos dos funcionários do HSBC é uma preocupação. “Viemos aqui no Casp chamar os bancários para a luta. Vamos brigar pelos nossos empregos, mas também pelo auxílio-educação, pela isenção total de taxas e tarifas, pelas opções de bons convênios médicos entre outras conquistas específicas dos funcionários do HSBC que não queremos ver prejudicadas na transição para o Bradesco. Estamos próximos dos trabalhadores, à disposição para esclarecer dúvidas”, destacou o dirigente sindical Paulo Sobrinho.

O movimento sindical tem realizado diversos atos pelo país para recolhimento de assinaturas em reação a eventuais demissões. O objetivo é chamar a atenção dos órgãos reguladores, governo federal e congressistas para a ameaça aos empregos dos brasileiros. Clique aqui para baixar o documento e arrecadar assinaturas.

> Vídeo: bancários vão lutar por empregos na Campanha 2015

Anúncio do HSBC – O banco publicou em seu site um anúncio aos clientes sobre a venda em que informa: “Nada muda nesse momento e seguimos trabalhando normalmente, ou seja, seus produtos e serviços continuam válidos de acordo com as condições contratadas”. O informe ressalta ainda que a transação está sujeita a aprovações regulatórias e prevista para ser concluída até o segundo trimestre de 2016.


Gisele Coutinho – 4/8/2015
(Atualizado às 18h00)

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