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São Paulo – A greve começou. E no Bradesco Prime, um dos palcos da batalha enfrentada no primeiro dia de mobilização, o que se viu entre os bancários foi muita revolta e indignação com o reajuste proposto pela federação dos bancos (Fenaban). E a julgar pelo que se ouviu dos trabalhadores na terça-feira 6, esses sentimentos serão o combustível para encarar mais uma greve por culpa dos bancos.
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“É ridículo, uma vergonha.” Foi assim que um dos bancários da concentração que reúne 1,6 mil funcionários definiu os 5,5% de reajuste para salários, PLR, vales e auxílios, mais um abono de R$ 2.500 oferecidos pelos bancos. Com a inflação de 9,88%, a proposta da Fenaban vai impor perdas de 4% nos salários. “Se fossem honestos com a gente, teriam oferecerido pelo menos 4% de ganho real. Mas não são, então a solução é a greve”, acrescentou o funcionário.
O centro administrativo que reúne setores como Câmbio, Private Bank, Bradesco Investimento e corretora ficou paralisado durante todo o dia.
“A greve é fundamental e tem que ser feita, senão a gente ia morrer com esses 5,5%”, opinou um bancário. “Minha esposa é enfermeira e o sindicato dela não é tão forte, não faz greve, e o reajuste dela foi só de 5%”, conta. Neste momento o telefone toca.
“Era o meu chefe. Ele quer que eu vá para um contingenciamento lá na República.”
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Problemas habituais – Não é só o reajuste oferecido, considerado pífio, que incomoda os bancários do Prime. A rotina diária também impõe frustrações. A dificuldade de ascensão profissional e a negativa do banco em pagar bolsas de estudo são as mais recorrentes.
“Eu queria estudar no Mackenzie, que é aqui perto e o ensino é bom, mas não posso pagar a mensalidade com o que eu ganho”, relata um bancário. “Seria uma forma de demonstrar valorização se o Bradesco concedesse bolsas de estudo”, acrescentou um colega.
“Promoção aqui só se você for da panelinha”, afirmou outro funcionário que trabalha no Bradesco há 24 anos. “Meritocracia só existe no código de ética do banco.”
Abono – O abono também foi execrado pelos funcionários daquela concentração. “Não é vantagem nenhuma. Com o imposto de renda e a inflação, esses R$ 2,5 mil não vão durar nem seis meses. Depois só vai sobrar um salário 4% mais baixo”, avaliou um funcionário.
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“É ridículo, uma vergonha.” Foi assim que um dos bancários da concentração que reúne 1,6 mil funcionários definiu os 5,5% de reajuste para salários, PLR, vales e auxílios, mais um abono de R$ 2.500 oferecidos pelos bancos. Com a inflação de 9,88%, a proposta da Fenaban vai impor perdas de 4% nos salários. “Se fossem honestos com a gente, teriam oferecerido pelo menos 4% de ganho real. Mas não são, então a solução é a greve”, acrescentou o funcionário.
O centro administrativo que reúne setores como Câmbio, Private Bank, Bradesco Investimento e corretora ficou paralisado durante todo o dia.
“A greve é fundamental e tem que ser feita, senão a gente ia morrer com esses 5,5%”, opinou um bancário. “Minha esposa é enfermeira e o sindicato dela não é tão forte, não faz greve, e o reajuste dela foi só de 5%”, conta. Neste momento o telefone toca.
“Era o meu chefe. Ele quer que eu vá para um contingenciamento lá na República.”
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Problemas habituais – Não é só o reajuste oferecido, considerado pífio, que incomoda os bancários do Prime. A rotina diária também impõe frustrações. A dificuldade de ascensão profissional e a negativa do banco em pagar bolsas de estudo são as mais recorrentes.
“Eu queria estudar no Mackenzie, que é aqui perto e o ensino é bom, mas não posso pagar a mensalidade com o que eu ganho”, relata um bancário. “Seria uma forma de demonstrar valorização se o Bradesco concedesse bolsas de estudo”, acrescentou um colega.
“Promoção aqui só se você for da panelinha”, afirmou outro funcionário que trabalha no Bradesco há 24 anos. “Meritocracia só existe no código de ética do banco.”
Abono – O abono também foi execrado pelos funcionários daquela concentração. “Não é vantagem nenhuma. Com o imposto de renda e a inflação, esses R$ 2,5 mil não vão durar nem seis meses. Depois só vai sobrar um salário 4% mais baixo”, avaliou um funcionário.
Nos primeiros seis meses de 2015, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander apresentaram lucro de R$ 36,3 bilhões. Resultado 27,3% maior que o do mesmo período do ano passado.
> Bradesco lucra R$ 8,7 bilhões no semestre
“Com todo esse lucro, os bancos ainda têm a cara de pau de oferecer uma proposta absurda dessa”, disparou uma funcionária. “Teriam sido mais sinceros se tivessem chamado a gente de idiotas. Só mesmo uma greve para ver se eles nos respeitam”, completou.
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Rodolfo Wrolli – 6/10/2015