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São Paulo – A proposta da federação dos bancos (Fenaban), que impõe perdas de 4% à categoria, revoltou funcionários dos mais diversos cargos de bancos privados e públicos que trabalham na região central de São Paulo.
Na quinta-feira 8, terceiro dia de greve nacional da categoria, caixa, auxiliares administrativos e profissionais da área de tecnologia expuseram comum sentimento de indignação e revolta.
“A comida nos restaurantes está muito cara e o meu vale-refeição termina quando chega o dia 20. Então tenho de ‘fazer um ‘bem bolado’: um dia trago comida em outro faço lanche. O que querem nos dar é muito pouco. Não vai refrescar em nada e ninguém pode aceitar isso”, disse um auxiliar administrativo do Santander.
Em cargo similar, mas em outro banco, o Bradesco, além de ter um reajuste maior em salários e vales, o bancário considera essencial ter bolsa de estudos. “Tenho curso superior, mas gostaria de fazer pós ou especialização. Coisas que seriam usadas no próprio Bradesco e serviria muito para me aprimorar e crescer na empresa. Mas aqui não tem e o que ganho não dá para manter minha casa e ainda investir em estudo”, disse. “Considero que essa greve é muito importante, pois, se depender da boa vontade deles (dos bancos), fica por isso mesmo.”
Uma caixa do Itaú acha que o vale-alimentação também tem de ter aumento bem maior. “Não faz muito tempo e dava para até três carrinhos de compra. Hoje mal dá para um e olhe que minha família não é grande. Nessa greve também temos de ter aumento nessas coisas como os vales refeição e alimentação, pois fazem grande diferença a todos nós.”
Já uma analista de sistemas do Banco do Brasil avalia que um reajuste baixo nos salários, como os 5,5% propostos pela federação dos bancos (Fenaban), vai aumentar a dependência que os funcionários da instituição têm do comissionamento. “Hoje essa comissão representa cerca de 60% de nossa remuneração. Logo, tem ameaça o tempo todo. Se não cumprir a meta de avaliação, pode ser prejudicado. Se não vender, fica ‘marcado’. Usam isso para tentar intimidar as pessoas”, avalia. “Por isso é tão importante termos reajuste de salário de fato, com aumento real. Só as pessoas tendo salário maior haverá menos dependência do que vem de comissão. É por isso que eu e vários de meus colegas estamos em greve.”
Jair Rosa - 8/10/2015
Na quinta-feira 8, terceiro dia de greve nacional da categoria, caixa, auxiliares administrativos e profissionais da área de tecnologia expuseram comum sentimento de indignação e revolta.
“A comida nos restaurantes está muito cara e o meu vale-refeição termina quando chega o dia 20. Então tenho de ‘fazer um ‘bem bolado’: um dia trago comida em outro faço lanche. O que querem nos dar é muito pouco. Não vai refrescar em nada e ninguém pode aceitar isso”, disse um auxiliar administrativo do Santander.
Em cargo similar, mas em outro banco, o Bradesco, além de ter um reajuste maior em salários e vales, o bancário considera essencial ter bolsa de estudos. “Tenho curso superior, mas gostaria de fazer pós ou especialização. Coisas que seriam usadas no próprio Bradesco e serviria muito para me aprimorar e crescer na empresa. Mas aqui não tem e o que ganho não dá para manter minha casa e ainda investir em estudo”, disse. “Considero que essa greve é muito importante, pois, se depender da boa vontade deles (dos bancos), fica por isso mesmo.”
Uma caixa do Itaú acha que o vale-alimentação também tem de ter aumento bem maior. “Não faz muito tempo e dava para até três carrinhos de compra. Hoje mal dá para um e olhe que minha família não é grande. Nessa greve também temos de ter aumento nessas coisas como os vales refeição e alimentação, pois fazem grande diferença a todos nós.”
Já uma analista de sistemas do Banco do Brasil avalia que um reajuste baixo nos salários, como os 5,5% propostos pela federação dos bancos (Fenaban), vai aumentar a dependência que os funcionários da instituição têm do comissionamento. “Hoje essa comissão representa cerca de 60% de nossa remuneração. Logo, tem ameaça o tempo todo. Se não cumprir a meta de avaliação, pode ser prejudicado. Se não vender, fica ‘marcado’. Usam isso para tentar intimidar as pessoas”, avalia. “Por isso é tão importante termos reajuste de salário de fato, com aumento real. Só as pessoas tendo salário maior haverá menos dependência do que vem de comissão. É por isso que eu e vários de meus colegas estamos em greve.”
Jair Rosa - 8/10/2015