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IPCA de novembro é o mais alto desde 2002

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Alimentos e combustíveis representaram dois terços da taxa, que chegou a 1,02%; com isso, índice oficial da inflação no país soma 9,62% no ano e 10,48% em 12 meses
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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 1,01% em novembro, acima tanto de outubro (0,82%) como de igual mês do ano passado (praticamente a metade, 0,51%). Foi a maior taxa para o mês desde 2002, segundo o IBGE. Novamente, alimentos e combustíveis pressionaram o índice oficial da inflação no país (representaram dois terços do resultado de novembro), que agora soma 9,62% em 2015, índice mais elevado para o período também desde 2002. Em 12 meses, o IPCA chega a 10,48%, o maior desde novembro de 2003 (11,02%).

> Cesta básica mais cara nas 18 capitais pesquisadas 

Nos alimentos, grupo que detém 25% de peso no índice, sobressaem os produtos adquiridos para consumo em casa, cuja alta chegou a 2,46%. Foi em Goiânia onde os preços mais subiram, atingindo 4,37% no mês. Outras regiões, como Campo Grande (3,80%), Brasília (3,47%) e Salvador (3,32%), mostraram aumentos bem acima da média nacional (2,46%).

Entre os vários produtos com aumento no mês, o IBGE cita batata inglesa (27,46%), tomate (24,65%), açúcar cristal (15,11%) e açúcar refinado (13,15%). Depois de cair 32,64% no mês anterior, a cebola teve alta de 10,39%. Caíram de preços as carnes industrializadas (-0,79%) e o leite (-0,76%).

Consumidos fora de casa, a alta da alimentação foi de 0,70%, com destaque para Porto Alegre (1,98%), Salvador (1,64%) e Fortaleza (1,30%). Considerando o ano de 2015, o grupo alimentação e bebidas apresenta variação de 10,37%, sendo 10,75% o aumento dos produtos consumidos em casa e 9,67% o aumento da alimentação fora de casa.

Combustíveis – Com alta de 4,16%, os combustíveis representaram impacto de 0,21 ponto percentual no mês, sendo 0,13 apenas no caso da gasolina, que ficou 3,21% mais cara em novembro. Nos dois últimos meses, o aumento é de 8,42%. "Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife", informa o IBGE.

A alta do etanol no mês foi de 9,31%, com impacto de 0,08 ponto no índice geral. De janeiro a novembro, o aumento soma 26,1%, variando de 12,71% (Fortaleza) a 33,14% (Curitiba). Com elevação de 1,76% no mês passado, o óleo diesel acumula variação de 12,75% no ano.

Ainda no grupo Transportes (que subiu menos no mês, 1,08%, ante 1,72% em outubro), o instituto destaca o aumento de 1,11% nas tarifas de ônibus urbanos, com altas em Belo Horizonte, Campo Grande e Fortaleza.

Habitação – Em Habitação, a variação foi praticamente igual de um mês para o outro (de 0,75% para 0,76%), com destaque para o aumento de 0,98% na energia elétrica, com reajustes no Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Ainda nesse grupo, aumentaram itens como artigos de limpeza (1,50%), condomínio (1,35%), botijão de gás (0,81%), mão de obra para pequenos reparos (0,55%), aluguel residencial (0,43%) e taxa de água e esgoto (0,40%).

A telefonia fixa teve variação de 1%, refletindo aumentos praticados em tarifas, e a celular subiu 2,13%.

Nas várias regiões pesquisadas, o índice mais alto em novembro foi apurado em Goiânia (1,44%) e o menor, em Brasília (0,66%). O IPCA variou 1,29% em Campo Grande, 1,27% em Fortaleza, 1,25% em Belém, 1,24% no Rio, 1,19% em Salvador, 1,08% em Curitiba, 1,03% em Porto Alegre, 0,88% em São Paulo, 0,84% em Belo Horizonte, 0,81% em Vitória e 0,80% em Recife. No ano, quatro têm taxas de dois dígitos: Curitiba (11,31%), Porto Alegre (10,31%), Goiânia (10,22%) e São Paulo (10,18%).

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 1,11%, ante 0,77% em outubro e 0,53% em novembro do ano passado. Agora, soma 10,28% no ano, bem acima de igual período de 2014 (5,57%). Em 12 meses, vai a 10,97%.


Rede Brasil Atual – 9/12/2015

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