São Paulo – A defesa dos bancos públicos e demais empresas estatais, além da cobrança por mais contratações, foram a tônica das manifestações realizadas pelo Sindicato em concentrações da Caixa Federal e do Banco do Brasil.
Os protestos, na manhã da quarta 3, integram o Dia Nacional de Luta pela retirada do Projeto de Lei do Senado 555 (PLS 555/2015), o chamado Estatuto das Estatais, que obriga empresas como a Caixa Federal e BNDES a se tornarem sociedades anônimas e interfere na gestão de empresas de economia mista como o Banco do Brasil e a Petrobras.
> Leia carta sobre a ameaça do 555
Em São Paulo, os atos ocorreram no prédio da Caixa Federal, na região do Brás (foto à direita), e na Superintendência do Banco do Brasil, na Avenida Paulista (foto abaixo). Por meio de faixas e distribuição de carta à população, dirigentes sindicais denunciaram o risco que o PLS 555 representa, de privatização de todas as estatais no país, e reforçaram a necessidade de melhoria das condições de trabalho nos dois bancos públicos.
> Fotos: galeria das manifestações em SP
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“Tanto Caixa quanto BB são essenciais para o desenvolvimento do país. Para manter esse papel por meio da oferta de crédito e redução de juros real, por exemplo, é essencial barrar definitivamente o PLS 555 e cobrar que essas instituições sejam fortalecidas, inclusive com a ampliação do quadro de empregados”, destaca o diretor do Sindicato e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Federal, Dionísio Reis, que participou do ato no Brás.
O PLS 555 está tramitando no Senado, previso para ser votado na quarta 3, mas foi adiado para 15 de fevereiro. O Sindicato orienta que sejam enviadas mensagens para os senadores cobrando voto contra a proposta. A indicação é que seja enviada a mensagem: “Como nosso representante eleito por voto popular, pedimos que vote contra o PLS 555. Honre o voto recebido nas eleições e seja contrário a esse projeto que é uma afronta aos interesses nacionais”. No assunto escreva #NãoAoPLS555.
Os senadores por São Paulo são Aloysio Nunes ([email protected]), José Serra ([email protected]), do PSDB, e Marta Suplicy ([email protected]), do PMDB. Além deles, você pode, e deve, mandar para toda a Casa.
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> Votação do PLS 555 adiada para 15 de fevereiro
Os bancários da Caixa também estão em campanha para que a direção do banco respeite o acordo coletivo que determina a contratação de mais dois mil trabalhadores, como estava previsto para ocorrer até dezembro de 2015.
Banco do Brasil – No caso do funcionalismo do BB a luta também é para que a empresa contrate ao menos mais seis mil bancários e chegue aos cerca de 115 mil autorizados pelo Ministério do Planejamento, por meio de portaria do Dest (Departamento de Coordenação e Governança das Estatais).
> Dest limita quadro de funcionários
“Em vez de fazer isso, o que melhoraria as condições de trabalho e auxiliaria na geração de emprego no país, o banco tem feito reestruturações. Ter mais trabalhadores é essencial para evitar o adoecimento e aprimorar o atendimento à população”, critica a dirigente sindical Silvia Muto, no ato em frente à Superintendência do BB.
Mais protestos – Além de São Paulo, ocorreram manifestações contra o PLS 555 em agências do ABC Paulista, Jundiaí, Belo Horizonte, Cornélio Procópio (PR), Fortaleza e Florianópolis. Em Brasília, dirigentes realizaram corpo a corpo com senadores.
Site – Mais informações sobre a luta contra o PLS 555 estão no www.diganaoaopls555.com.br.
Jair Rosa 3/2/2016