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São Paulo – O lucro líquido da Caixa em 2015 alcançou R$ 7,2 bilhões, o que representa crescimento de 0,9% em relação a 2014. Já o retorno sobre o patrimônio líquido médio nos últimos 12 meses foi de 11,4%. Os resultados foram apresentados na terça-feira 8 pela presidenta da instituição, Miriam Belchior.
Mesmo com os resultados positivos, a Caixa cortou 3.219 postos de trabalho em 2015, principalmente através do seu PAA (Plano de Apoio a Aposentadoria). Se apenas a redução do quadro de empregados já acarreta em aumento da sobrecarga de trabalho, a situação ganha contornos ainda piores quando se constata que a base de correntistas e poupadores cresceu 5,9% em 12 meses e houve aumento de 13 unidades no número de agências, alcançando total de 3.404 unidades.
Outro dado do balanço, que torna ainda mais injustificável o corte de postos de trabalho, é a receita obtida com prestação de serviços e tarifas, que sozinha cobre 104% das despesas com pessoal.
“Os resultados da Caixa mostram a competência e o comprometimento dos seus empregados, além da eficiência da instituição como um banco 100% público, que possui papel estratégico para o desenvolvimento do país e para a retomada do crescimento. Somente em 2015, o banco injetou R$ 732,7 bilhões na economia brasileira. É inadmissível que, mesmo com um balanço positivo, a direção continue cortando postos de trabalho”, afirma o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis. “Precisa é contratar mais empregados com urgência. É o que temos cobrado na campanha Mais Empregados Para a Caixa, Mais Caixa Para o Brasil. Isso não só resultaria na redução da sobrecarga de trabalho, como também na necessária melhoria do atendimento à população”, acrescenta o dirigente.
PLR – Conforme previsto no acordo aditivo, a Caixa tem até 31 de março para creditar os valores relativos à Participação nos Lucros e Resultados. “O Sindicato tem cobrado do banco a antecipação da PLR. Esperamos que, com o balanço já divulgado, a direção da Caixa valorize o papel dos seus empregados no resultado alcançado no ano passado e antecipe o crédito já para quarta-feira 9 de março”, enfatiza Dionísio.
Quanto vem – A PLR na Caixa é composta pela regra básica da Fenaban – 90% do salário mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92 – mais valor adicional de 2,2% do lucro líquido dividido igualmente entre os bancários, limitado a R$ 4.043,58, acrescidos da PLR Social, que corresponde a 4% do lucro líquido, distribuído de forma linear entre os trabalhadores. Em novembro de 2015 os empregados receberam o equivalente a 60% do total. O que será creditado agora será a diferença.
Outros dados – De acordo com o balanço da instituição, o lucro da Caixa em 2015 foi impulsionado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito e, por consequência, pelo aumento de 30,5% das receitas obtidas com essas operações (R$ 86,600 bilhões), seguido pela elevação do resultado com títulos, valores mobiliários e derivativos em 44,9% (R$ 43,667 bilhões); e pelo incremento de 12,6% nas receitas de prestação de serviços (R$ 20,715 bilhões).
A despesa de provisão para devedores duvidosos teve forte variação positiva, de 49,4%, alcançando o total de R$ 19,657 bilhões. O que não se justifica diante do aumento de apenas um ponto percentual no índice de inadimplência acima de 90 dias, que ficou em 3,55% em 2015.
A carteira de crédito registrou avanço de 11,9% em 12 meses e alcançou saldo de R$ 679,5 bilhões, representando 20,9% do mercado, aumento de 1,1 p.p. em 12 meses. O crédito para pessoas físicas e jurídicas totalizou, respectivamente, R$ 103,214 bilhões e R$ 96,240 bilhões, variação de 9,8% e 0% em 12 meses.
O crédito habitacional continuou a ser o principal destaque, com evolução de 13% no ano e saldo de R$ 384,2 bilhões, o que representa 67,2% de participação no mercado. Já as operações de saneamento e infraestrutura apresentaram, ao final de 2015, saldo de R$ 70,9 bilhões, um crescimento de 24,9% em relação a 2014.
Felipe Rousselet - 8/3/2016
Mesmo com os resultados positivos, a Caixa cortou 3.219 postos de trabalho em 2015, principalmente através do seu PAA (Plano de Apoio a Aposentadoria). Se apenas a redução do quadro de empregados já acarreta em aumento da sobrecarga de trabalho, a situação ganha contornos ainda piores quando se constata que a base de correntistas e poupadores cresceu 5,9% em 12 meses e houve aumento de 13 unidades no número de agências, alcançando total de 3.404 unidades.
Outro dado do balanço, que torna ainda mais injustificável o corte de postos de trabalho, é a receita obtida com prestação de serviços e tarifas, que sozinha cobre 104% das despesas com pessoal.
“Os resultados da Caixa mostram a competência e o comprometimento dos seus empregados, além da eficiência da instituição como um banco 100% público, que possui papel estratégico para o desenvolvimento do país e para a retomada do crescimento. Somente em 2015, o banco injetou R$ 732,7 bilhões na economia brasileira. É inadmissível que, mesmo com um balanço positivo, a direção continue cortando postos de trabalho”, afirma o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis. “Precisa é contratar mais empregados com urgência. É o que temos cobrado na campanha Mais Empregados Para a Caixa, Mais Caixa Para o Brasil. Isso não só resultaria na redução da sobrecarga de trabalho, como também na necessária melhoria do atendimento à população”, acrescenta o dirigente.
PLR – Conforme previsto no acordo aditivo, a Caixa tem até 31 de março para creditar os valores relativos à Participação nos Lucros e Resultados. “O Sindicato tem cobrado do banco a antecipação da PLR. Esperamos que, com o balanço já divulgado, a direção da Caixa valorize o papel dos seus empregados no resultado alcançado no ano passado e antecipe o crédito já para quarta-feira 9 de março”, enfatiza Dionísio.
Quanto vem – A PLR na Caixa é composta pela regra básica da Fenaban – 90% do salário mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92 – mais valor adicional de 2,2% do lucro líquido dividido igualmente entre os bancários, limitado a R$ 4.043,58, acrescidos da PLR Social, que corresponde a 4% do lucro líquido, distribuído de forma linear entre os trabalhadores. Em novembro de 2015 os empregados receberam o equivalente a 60% do total. O que será creditado agora será a diferença.
Outros dados – De acordo com o balanço da instituição, o lucro da Caixa em 2015 foi impulsionado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito e, por consequência, pelo aumento de 30,5% das receitas obtidas com essas operações (R$ 86,600 bilhões), seguido pela elevação do resultado com títulos, valores mobiliários e derivativos em 44,9% (R$ 43,667 bilhões); e pelo incremento de 12,6% nas receitas de prestação de serviços (R$ 20,715 bilhões).
A despesa de provisão para devedores duvidosos teve forte variação positiva, de 49,4%, alcançando o total de R$ 19,657 bilhões. O que não se justifica diante do aumento de apenas um ponto percentual no índice de inadimplência acima de 90 dias, que ficou em 3,55% em 2015.
A carteira de crédito registrou avanço de 11,9% em 12 meses e alcançou saldo de R$ 679,5 bilhões, representando 20,9% do mercado, aumento de 1,1 p.p. em 12 meses. O crédito para pessoas físicas e jurídicas totalizou, respectivamente, R$ 103,214 bilhões e R$ 96,240 bilhões, variação de 9,8% e 0% em 12 meses.
O crédito habitacional continuou a ser o principal destaque, com evolução de 13% no ano e saldo de R$ 384,2 bilhões, o que representa 67,2% de participação no mercado. Já as operações de saneamento e infraestrutura apresentaram, ao final de 2015, saldo de R$ 70,9 bilhões, um crescimento de 24,9% em relação a 2014.
Felipe Rousselet - 8/3/2016