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São Paulo – O Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representou redução de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. Apesar do lucro, o banco manteve sua política de corte de postos de trabalho. Em relação a dezembro de 2015, foram extintos 1.466 empregos, e em 12 meses (de março de 2015 a março de 2016) foram 3.581 vagas a menos no segundo maior banco privado do país.
“O Bradesco segue lucrando e, portanto, não tem nenhuma justificativa para reduzir empregos. As denúncias que chegam ao Sindicato dão conta de que os bancários estão sobrecarregados e adoecendo por conta da redução de pessoal e do assédio moral institucionalizado, com cobrança de metas abusivas e cada vez maiores”, critica a diretora executiva do Sindicato e funcionária do banco Neiva Ribeiro.
A dirigente destaca que o Sindicato acompanha de perto as denúncias de demissões em determinados setores e que sempre cobra respostas do banco. “Em uma das reuniões, sobre desligamentos na Cidade de Deus, os representantes do Bradesco alegaram que muitas das saídas foram por pedido dos funcionários. De qualquer forma, os bancários devem continuar nos procurando caso comecem a ocorrer muitas demissões em seu setor. E ainda nos enviar denúncias de más condições de trabalho”, orienta.
> Bradesco responde sobre demissões em Osasco
Neiva lembra ainda que, em mesa de negociação com o movimento sindical bancário, o Bradesco se comprometeu a não promover demissões em massa após a oficialização da compra das operações do HSBC no Brasil. “Estamos atentos a isso também”, diz.
> Avança compra do HSBC pelo Bradesco
> HSBC e Bradesco afirmam: sem demissão em massa
Despesas de pessoal – Os cortes se justificam menos ainda quando se leva em conta que apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas o banco cobre 137,1% de suas despesas de pessoal. Essa relação é 1,1 p.p. maior que a do primeiro trimestre de 2015, quando era de 136%.
Previsão para devedores – A queda do lucro foi atribuída pelo banco em boa parte ao forte aumento, de 53,6% em um ano, das despesas com provisão para devedores duvidosos. O crescimento não foi proporcional ao índice de inadimplência superior a 90 dias, que encerrou março em 4,2%, apenas 0,6 ponto percentual acima dos 3,6% calculado em março de 2015.
Agências – Também houve redução no número de agências. São 152 unidades a menos em março de 2016, na comparação com março de 2015, mas houve crescimento de duas unidades em relação a dezembro do ano passado.
Outros números – O Bradesco apresentou, em março, rentabilidade de 17,5% sobre o patrimônio líquido médio ajustado. O patrimônio líquido somou R$ 93,330 bilhões, 11,2% superior a março de 2015. Os ativos totais, em março de 2016, registraram saldo de R$ 1,102 trilhão, crescimento de 6,5% em relação ao saldo de março de 2015.
A carteira de crédito expandida, em março de 2016, atingiu R$ 463,208 bilhões, mantendo-se praticamente estável em relação ao saldo de março de 2015. O crédito às micro, pequenas e médias empresas apresentou retração de 10,2%, enquanto que as carteiras de grandes empresas (favorecida pela valorização cambial) e pessoa física expandiram 2,9% e 4%, respectivamente, no período.
O resultado oriundo dos títulos e valores mobiliários do banco, principalmente os títulos da dívida pública (em grande parte indexados pela Selic e pela inflação), caiu em relação ao primeiro trimestre de 2016: variação de menos 7,3%, perfazendo total de R$ 9,818 bilhões.
Redação – 28/4/2016
“O Bradesco segue lucrando e, portanto, não tem nenhuma justificativa para reduzir empregos. As denúncias que chegam ao Sindicato dão conta de que os bancários estão sobrecarregados e adoecendo por conta da redução de pessoal e do assédio moral institucionalizado, com cobrança de metas abusivas e cada vez maiores”, critica a diretora executiva do Sindicato e funcionária do banco Neiva Ribeiro.
A dirigente destaca que o Sindicato acompanha de perto as denúncias de demissões em determinados setores e que sempre cobra respostas do banco. “Em uma das reuniões, sobre desligamentos na Cidade de Deus, os representantes do Bradesco alegaram que muitas das saídas foram por pedido dos funcionários. De qualquer forma, os bancários devem continuar nos procurando caso comecem a ocorrer muitas demissões em seu setor. E ainda nos enviar denúncias de más condições de trabalho”, orienta.
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Neiva lembra ainda que, em mesa de negociação com o movimento sindical bancário, o Bradesco se comprometeu a não promover demissões em massa após a oficialização da compra das operações do HSBC no Brasil. “Estamos atentos a isso também”, diz.
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Despesas de pessoal – Os cortes se justificam menos ainda quando se leva em conta que apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas o banco cobre 137,1% de suas despesas de pessoal. Essa relação é 1,1 p.p. maior que a do primeiro trimestre de 2015, quando era de 136%.
Previsão para devedores – A queda do lucro foi atribuída pelo banco em boa parte ao forte aumento, de 53,6% em um ano, das despesas com provisão para devedores duvidosos. O crescimento não foi proporcional ao índice de inadimplência superior a 90 dias, que encerrou março em 4,2%, apenas 0,6 ponto percentual acima dos 3,6% calculado em março de 2015.
Agências – Também houve redução no número de agências. São 152 unidades a menos em março de 2016, na comparação com março de 2015, mas houve crescimento de duas unidades em relação a dezembro do ano passado.
Outros números – O Bradesco apresentou, em março, rentabilidade de 17,5% sobre o patrimônio líquido médio ajustado. O patrimônio líquido somou R$ 93,330 bilhões, 11,2% superior a março de 2015. Os ativos totais, em março de 2016, registraram saldo de R$ 1,102 trilhão, crescimento de 6,5% em relação ao saldo de março de 2015.
A carteira de crédito expandida, em março de 2016, atingiu R$ 463,208 bilhões, mantendo-se praticamente estável em relação ao saldo de março de 2015. O crédito às micro, pequenas e médias empresas apresentou retração de 10,2%, enquanto que as carteiras de grandes empresas (favorecida pela valorização cambial) e pessoa física expandiram 2,9% e 4%, respectivamente, no período.
O resultado oriundo dos títulos e valores mobiliários do banco, principalmente os títulos da dívida pública (em grande parte indexados pela Selic e pela inflação), caiu em relação ao primeiro trimestre de 2016: variação de menos 7,3%, perfazendo total de R$ 9,818 bilhões.
Redação – 28/4/2016