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Minha Casa, Minha Vida: 'interino' recua em cortes

Linha fina
Anúncio foi feito depois de manifestantes ocuparem o gabinete da Presidência em São Paulo contra cortes no programa habitacional
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São Paulo – O recuo do Ministério das Cidades no corte do programa Minha Casa, Minha Vida anunciado no dia 17 levou manifestantes a levantarem o acampamento iniciado na quarta 1º, por volta das 15h, no prédio da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo, sob liderança da Frente Povo Sem Medo. O ministro Bruno Araújo havia revogado uma portaria de contratação, assinada pela presidenta Dilma Rousseff, de 11.250 unidades habitacionais. A notícia chegou às 20h30 e em seguida o protesto foi encerrado.

“O povo que ocupou o escritório da Presidência mostrou que a organização pode fazer o governo recuar”, disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, ao final do acampamento.

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O governo interino anunciou que deve publicar uma nova portaria de contratação de 13,9 mil novas unidades habitacionais. A revogação da portaria assinada por Dilma afetaria a modalidade Entidades do programa, administrada por entidades da sociedade civil de forma associativa.

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“A seleção de novas unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, modalidade Entidades, já estão em processo de contratação (…) O programa pode custear até 90% do valor do imóvel e o restante é dividido em até dez anos, com parcela mínima de R$ 80 e máxima de R$ 270”, afirma o ministério em nota. Os empreendimentos são direcionados para a Faixa 1, que compreende famílias com renda de até R$ 1,8 mil.

O Ministério das Cidades alega que o recuo não teve relação com as manifestações. A assessoria da pasta afirma que a revogação do dia 17 era temporária e foi realizada para revisão de procedimentos. As mesmas organizações habilitadas na gestão de Dilma devem seguir coordenando o Minha Casa, Minha Vida na modalidade Entidades.

Os manifestantes também repudiam o governo de Michel Temer pelos cortes anunciados para áreas como saúde e educação, além da moradia. Por força da pressão popular, Temer já recuou também na reestruturação do Ministério da Cultura (Minc), que havia sido extinto no primeiro dia do peemedebista à frente do Executivo.

Entretanto, a Frente Povo Sem Medo ainda promete mobilizações por mais direitos e contra o afastamento da presidenta Dilma no dia 12. Na quinta 2, será realizada plenária na Praça do Ciclista, na esquina Avenida Paulista com a Rua da Consolação. O objetivo é de debater os próximos passos da resistência contra o governo interino.


Rede Brasil Atual - 2/6/2016
 
 
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