São Paulo – Diante das ameaças do “governo” do interino Michel Temer, e seus aliados no Congresso Nacional, a classe trabalhadora e os movimentos sociais brasileiros agendaram uma grande manifestação nacional em defesa dos direitos para o dia 10 de junho. Nesse cenário, o Sindicato está percorrendo os locais de trabalho e realizando assembleias para que os bancários manifestem seu apoio às mobilizações.
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Serão três dias em diversos unidades de São Paulo, Osasco e região. Na quinta 2, foram visitadas concentrações como CAT e CT, do Itaú; Brás, da Caixa; Casa 1, Casa 2 e Vila, do Santander; Verbo Divino e SAC, do BB; Cidade Deus e Alphaville, do Bradesco.
Também teve votação em agências de diversas regiões de São Paulo, como Chácara Santo Antônio, Penha, Mooca, Paes de Barros, Vila Esperança, Itaquera, Itaim Paulista, Silva Romero, São Miguel, corredor da Paulista, Vila Maria, Vila Guilherme, Casa Verde, Avenida Brás Leme, além do calçadão e Rua dos Autonomistas, em Osasco, e o calçadão de Carapicuíba.
“Será um dia nacional de mobilização em que a classe trabalhadora estará nas ruas para gritar: nenhum direito a menos”, convoca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Participe e faça parte dessa luta, antes que seja tarde demais!”
Temerário – O “governo” Temer anunciou medidas que atingirão direitos dos trabalhadores: terceirização ilimitada, privatização de “tudo que for possível”, tempo maior para se aposentar, ajustes que afetam o crescimento e agravam a desigualdade que gera desemprego (leia no box).
Até agora, nada do que foi divulgado mexe com os ganhos dos grandes empresários ou banqueiros. Muito pelo contrário. Na posse dos novos presidentes do BB, da Caixa, do BNDES e do Ipea, nessa quarta-feira 1º, Temer falou em Estado inchado, em eficiência. “Mas não disse que está transferindo desse ‘Estado inchado’ mais de R$ 100 bi via BNDES para pagar juros da dívida pública, dinheiro retirado dos brasileiros e do desenvolvimento econômico do país direto para o bolso de rentistas, dos banqueiros”, acrescenta Juvandia Moreira. “Por que não taxar grandes fortunas e heranças, por exemplo, antes de mexer dos direitos da maioria dos brasileiros?”, questiona a dirigente.
Defesa das estatais – Um grande ato popular em defesa das empresas e dos serviços públicos será realizado na segunda 6, na Fundição Progresso, no Rio. O evento, que terá início às 13h, pretende intensificar a luta contra o PL 4918/16 (antigo PLS 555/2015, aprovado no Senado) e outros projetos e iniciativas que ameaçam as estatais federais, estaduais e municipais, e enfraquecem a representação dos trabalhadores.
O ato foi convocado pelas entidades que compõem o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
“Temos que fazer do dia 6 uma data histórica. A população deve ser chamada a conhecer e se engajar na luta, pois esse patrimônio é do povo e não pode ser atacado pela visão neoliberal de privatizar tudo e deixar o povo sem as ferramentas para a implementação de políticas públicas. Quanto ao PL 4918, nós avançamos no Senado, mas a batalha na Câmara dos Deputados vai ser ainda mais dura, pois há a possibilidade de mudar totalmente o texto original”, alerta a coordenadora do Comitê, Maria Rita Serrano.
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Redação – 2/6/2016
(Atualizado às 18h01 de 3/6/2016)