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No Feirão, em defesa da Caixa 100% pública

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Em evento de financiamento de imóveis, dirigentes denunciaram ameaças do “governo” interino ao banco público e aos programas sociais operados pela instituição
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São Paulo – O Minha Casa, Minha Vida é um exemplo de importante programa social, operado pela Caixa, ameaçado pelo atual “governo” interino. Logo nas primeiras semanas à frente da Presidência, a equipe ministerial de Michel Temer já tentou revogar a construção de 11.250 unidades do programa de moradias populares. Para denunciar esse ataque, e defender uma Caixa 100% pública, dirigentes da Apcef, do Sindicato e Sindicato dos Bancários de Jundiaí realizaram um protesto no Feirão da Caixa, na sexta 3.

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Segundo o diretor do Sindicato e integrante da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis, as declarações do novo presidente do banco público, Gilberto Occhi – indicado pelo PP (Partido Progressista) – já explicitaram as intenções privatistas do “governo” interino. “Já entrou falando que pretende abrir, inicialmente, o capital das áreas de seguros, loterias e cartão. Posteriormente, o objetivo é a abertura total para o mercado. O objetivo é vender um patrimônio do povo brasileiro.”

Além da abertura de capital, Occhi quer fechar centenas de agências em todo o país e reduzir o quadro de empregados. “Não aceitaremos ataques contra a Caixa e seus trabalhadores. O que o banco público precisa é contratar para fortalecer seu papel estratégico para o país”, reforça o também dirigente sindical e empregado da Caixa Francisco Pugliesi.

> Occhi confirma intenção de privatizar a Caixa

“Viemos aqui [no Feirão] defender uma Caixa 100% pública. Programas sociais fundamentais, operados pela Caixa, já estão sofrendo cortes. Esse “governo” interino quer acabar com o papel estratégico do banco, de fazer a disputa do mercado financeiro nacional, de ofertar crédito mesmo em conjunturas difíceis, de promover medidas anticíclicas para estimular o consumo, produção e, por consequência, o crescimento da economia”, diz Dionísio.

Durante o Feirão, dirigentes se reuniram com o vice-presidente de Governo da Caixa, Paulo Galli (foto à esquerda, ao centro). Reforçaram as preocupações do movimento sindical com o futuro do banco público e dos seus empregados, já apresentadas em negociação realizada na quinta 2, na qual também foram debatidas questões referentes à extinção de caixas e redução de pessoal.  

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“Ele nos informou que a abertura de capital e o fechamento de agências não foram discutidos dentro da gestão da Caixa. Já deixamos claro que não aceitaremos tais medidas, que vamos lutar de forma intensa contra qualquer intenção privatista. Não existe razão para promover o desmonte de um banco que acaba de assumir o segundo lugar como maior instituição financeira do país em ativos”, destaca Francisco Pugliesi.

Luta por direitos – Os dirigentes também aproveitaram para consultar os bancários da Caixa sobre o apoio à grande mobilização em defesa dos direitos trabalhistas programada para 10 de junho. O Sindicato está percorrendo locais de trabalho realizando assembleias para que a categoria manifeste sua adesão por meio de votos depositados em urnas.

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Felipe Roussellet - 3/6/2016
 
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