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Redação Spbancarios
21/9/2016
São Paulo – Pela sétima vez nesta campanha nacional, os bancários do Bradesco lotados no Telebanco Santa Cecília paralisaram suas atividades nesta que é considerada uma das greves mais fortes da história da categoria. O centro administrativo concentra quase dois mil funcionários e engloba atividades de call center.
> Greve completa 16 dias por culpa dos bancos
Mas o banco novamente desrespeitou o direito constitucional de organização dos trabalhadores e montou um esquema de vans na estação do Metrô Barra Funda para deslocar os empregados para sua matriz, conhecida como Cidade de Deus, em Osasco.
“O banco manda o pessoal para a Cidade de Deus, mas nem dá para trabalhar, porque não tem ponto de atendimento para todo mundo. Muita gente vai até lá para não fazer nada. Não tem sentido”, reclamou um bancário.
O desrespeito ao direito de greve é só um dos motivos de insatisfação. O outro é a proposta oferecida pela Fenaban: 7% de reajuste salarial e mais R$ 3.300 de abono salarial.
“Os bancos sabem que grande parte dos bancários, principalmente os mais jovens, estão com dívidas no financiamento da faculdade, no cartão de crédito, por isso oferecem o abono. É um dinheiro necessário, mas que vai acabar voltando para os bancos. E ainda oferecem um reajuste abaixo da inflação. Terão uma perda mínima”, avalia uma funcionária.
É a voz da experiência de uma bancária com muitos anos de profissão. Ela já viveu a política de abono dos anos 1990 e sabe que não é vantajoso. “Os bancos davam abono e 0% de reajuste salarial, o que diminuiu o valor dos salários, porque alguns anos depois eles acabaram com o abono, e sobrou para os bancários o salário congelado que não acompanhou a inflação.”
O reajuste rebaixo comparado ao lucro de R$ 29,7 bilhões apresentado pelos cinco maiores somente nos primeiros seis meses de 2016 tornou-se provocação para outro bancário. “A economia está ruim, mas os bancos lucraram muito. O dia em que os bancos entrarem em crise, pode fechar o país. Crise é justificativa usada para baixar salário, mandar embora. A crise é para especulação”, opina.
Mas os sacrifícios na greve são necessários, considera o bancário. “Greve atrapalha, tem impacto no trabalho, porque temos prazo para atender, mas é válida, porque é brigar uma vez por ano por um benefício que vai durar o ano inteiro.”
21/9/2016
São Paulo – Pela sétima vez nesta campanha nacional, os bancários do Bradesco lotados no Telebanco Santa Cecília paralisaram suas atividades nesta que é considerada uma das greves mais fortes da história da categoria. O centro administrativo concentra quase dois mil funcionários e engloba atividades de call center.
> Greve completa 16 dias por culpa dos bancos
Mas o banco novamente desrespeitou o direito constitucional de organização dos trabalhadores e montou um esquema de vans na estação do Metrô Barra Funda para deslocar os empregados para sua matriz, conhecida como Cidade de Deus, em Osasco.
“O banco manda o pessoal para a Cidade de Deus, mas nem dá para trabalhar, porque não tem ponto de atendimento para todo mundo. Muita gente vai até lá para não fazer nada. Não tem sentido”, reclamou um bancário.
O desrespeito ao direito de greve é só um dos motivos de insatisfação. O outro é a proposta oferecida pela Fenaban: 7% de reajuste salarial e mais R$ 3.300 de abono salarial.
“Os bancos sabem que grande parte dos bancários, principalmente os mais jovens, estão com dívidas no financiamento da faculdade, no cartão de crédito, por isso oferecem o abono. É um dinheiro necessário, mas que vai acabar voltando para os bancos. E ainda oferecem um reajuste abaixo da inflação. Terão uma perda mínima”, avalia uma funcionária.
É a voz da experiência de uma bancária com muitos anos de profissão. Ela já viveu a política de abono dos anos 1990 e sabe que não é vantajoso. “Os bancos davam abono e 0% de reajuste salarial, o que diminuiu o valor dos salários, porque alguns anos depois eles acabaram com o abono, e sobrou para os bancários o salário congelado que não acompanhou a inflação.”
O reajuste rebaixo comparado ao lucro de R$ 29,7 bilhões apresentado pelos cinco maiores somente nos primeiros seis meses de 2016 tornou-se provocação para outro bancário. “A economia está ruim, mas os bancos lucraram muito. O dia em que os bancos entrarem em crise, pode fechar o país. Crise é justificativa usada para baixar salário, mandar embora. A crise é para especulação”, opina.
Mas os sacrifícios na greve são necessários, considera o bancário. “Greve atrapalha, tem impacto no trabalho, porque temos prazo para atender, mas é válida, porque é brigar uma vez por ano por um benefício que vai durar o ano inteiro.”