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Cláudia Motta, Spbancarios
6/12/2106
São Paulo – Uma reforma da Previdência que retira direitos dos trabalhadores não será aceita. Esse é o recado do Sindicato ao governo Temer que na segunda-feira 5 formalizou a proposta por meio da qual estipula idade mínima de aposentadoria em 65 anos tanto para homens como mulheres, do campo ou da cidade. Os militares, bombeiros e policiais, estão fora dos planos de Temer apesar de serem responsáveis por 45% do chamado déficit do setor (veja abaixo).
> Enquete: você concorda com a reforma de Temer que retira direitos e eleva tempo para aposentadoria?
“Por que os trabalhadores têm de pagar o pato dessa reforma?”, questiona a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Nenhuma outra medida foi tentada, antes de atacar os direitos da classe trabalhadora. Por que não taxar as grandes fortunas, que no Brasil só fazem aumentar a já gigantesca desigualdade social? Por que não acabar com a sonegação de impostos que atinge 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional? Ou, ainda, rever a política de isenções fiscais para setores econômicos e famílias de alta renda, que retira R$ 280 bi dos cofres públicos todos os anos?”, questiona a dirigente.
Em julho, o Sindicato realizou um seminário e lançou uma cartilha sobre o tema.
“O movimento sindical tem propostas para a Previdência. Não pode ser uma reforma norteada por uma visão neoliberal, pelos interesses do sistema financeiro. Por isso, cobramos do governo um debate sério, numa comissão tripartite composta também por trabalhadores e empresários. Em direito não se mexe e da maneira como essa reforma está sendo imposta afetará inclusive quem já está no mercado de trabalho, gente que já trabalhou tanto e na hora de gozar do justo descanso, terá de trabalhar mais 10 anos, 20 anos para se aposentar. Isso não vamos aceitar”, destaca Juvandia.
De acordo com o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, a proposta do governo Temer para a reforma da Previdência prevê que o trabalhador terá que contribuir por 49 anos se quiser receber 100% da aposentadoria. Atualmente, o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é de R$ 5.189,82, reajustado anualmente pelo INPC.
Injustiça – A CUT também divulgou nota em que informa que “jamais irá aceitar que desiguais sejam tratados de forma igual, como pretende o governo do ilegítimo e golpista de Michel Temer (PMDB-SP)”. O presidente da Central, Vagner Freitas, reforça que a imposição de uma idade mínima é injusta com os trabalhadores, em especial com os que começam a trabalhar mais cedo, e com as mulheres, que vão ter de trabalhar e contribuir mais e ganhar menos.
> CUT: Reforma da Previdência é 'nefasta’ ao trabalhador
“Uma coisa é trabalhar até os 65 anos com bons salários, plano de saúde e ambiente saudável. Outra é a rotina de um trabalhador rural ou da construção civil, que ficam expostos ao sol, a condições de trabalho inadequadas, começam a trabalhar na adolescência. Essas pessoas não podem ser tratadas de forma igual ao filho de um médico, engenheiro ou advogado, por exemplo, que começam a trabalhar aos 24, 25 anos, ou mais, quando decidem fazer especialização e MBA”, compara o dirigente.
Como é – Atualmente os trabalhadores podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no dos homens e o valor pode ser afetado pelo fator previdenciário, um índice criado durante o governo FHC e que reduz o benefício quanto menor o tempo de serviço. Para receber o benefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (soma de idade mais tempo de contribuição para mulheres) e 95 (soma de idade mais tempo de contribuição para homens).
> Reforma da Previdência é 'violenta, cruel e maldosa'
> Meio século contribuindo para receber aposentadoria integral
6/12/2106
São Paulo – Uma reforma da Previdência que retira direitos dos trabalhadores não será aceita. Esse é o recado do Sindicato ao governo Temer que na segunda-feira 5 formalizou a proposta por meio da qual estipula idade mínima de aposentadoria em 65 anos tanto para homens como mulheres, do campo ou da cidade. Os militares, bombeiros e policiais, estão fora dos planos de Temer apesar de serem responsáveis por 45% do chamado déficit do setor (veja abaixo).
> Enquete: você concorda com a reforma de Temer que retira direitos e eleva tempo para aposentadoria?
“Por que os trabalhadores têm de pagar o pato dessa reforma?”, questiona a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Nenhuma outra medida foi tentada, antes de atacar os direitos da classe trabalhadora. Por que não taxar as grandes fortunas, que no Brasil só fazem aumentar a já gigantesca desigualdade social? Por que não acabar com a sonegação de impostos que atinge 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional? Ou, ainda, rever a política de isenções fiscais para setores econômicos e famílias de alta renda, que retira R$ 280 bi dos cofres públicos todos os anos?”, questiona a dirigente.
Em julho, o Sindicato realizou um seminário e lançou uma cartilha sobre o tema.
“O movimento sindical tem propostas para a Previdência. Não pode ser uma reforma norteada por uma visão neoliberal, pelos interesses do sistema financeiro. Por isso, cobramos do governo um debate sério, numa comissão tripartite composta também por trabalhadores e empresários. Em direito não se mexe e da maneira como essa reforma está sendo imposta afetará inclusive quem já está no mercado de trabalho, gente que já trabalhou tanto e na hora de gozar do justo descanso, terá de trabalhar mais 10 anos, 20 anos para se aposentar. Isso não vamos aceitar”, destaca Juvandia.
De acordo com o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, a proposta do governo Temer para a reforma da Previdência prevê que o trabalhador terá que contribuir por 49 anos se quiser receber 100% da aposentadoria. Atualmente, o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é de R$ 5.189,82, reajustado anualmente pelo INPC.
Injustiça – A CUT também divulgou nota em que informa que “jamais irá aceitar que desiguais sejam tratados de forma igual, como pretende o governo do ilegítimo e golpista de Michel Temer (PMDB-SP)”. O presidente da Central, Vagner Freitas, reforça que a imposição de uma idade mínima é injusta com os trabalhadores, em especial com os que começam a trabalhar mais cedo, e com as mulheres, que vão ter de trabalhar e contribuir mais e ganhar menos.
> CUT: Reforma da Previdência é 'nefasta’ ao trabalhador
“Uma coisa é trabalhar até os 65 anos com bons salários, plano de saúde e ambiente saudável. Outra é a rotina de um trabalhador rural ou da construção civil, que ficam expostos ao sol, a condições de trabalho inadequadas, começam a trabalhar na adolescência. Essas pessoas não podem ser tratadas de forma igual ao filho de um médico, engenheiro ou advogado, por exemplo, que começam a trabalhar aos 24, 25 anos, ou mais, quando decidem fazer especialização e MBA”, compara o dirigente.
Como é – Atualmente os trabalhadores podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no dos homens e o valor pode ser afetado pelo fator previdenciário, um índice criado durante o governo FHC e que reduz o benefício quanto menor o tempo de serviço. Para receber o benefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (soma de idade mais tempo de contribuição para mulheres) e 95 (soma de idade mais tempo de contribuição para homens).
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