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Concut aprova paridade entre homens e mulheres

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Participação igual entre gêneros nos cargos de direção da CUT passa a ser obrigatória a partir de 2015
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São Paulo – “É para vencer, é para mudar, a paridade está na hora de aprovar”, entoava o coro das mulheres no plenário do 11º Congresso Nacional da CUT (Concut). Esse era um dos momentos mais aguardados pela delegação das mulheres, quando foi aprovada, pela maioria dos delegados, a obrigatoriedade da paridade de gênero nos cargos de direção.

> Vídeo: matéria especial sobre a aprovação da paridade

A regra passa a valer somente a partir de 2015, no próximo congresso, quando acontece a eleição de uma nova direção para o pleito 2015-2018. Tanto a direção nacional quanto as estaduais da CUT deverão reservar 50% de cargos para cada gênero.

Para Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, a CUT – ao tornar-se o primeiro movimento social na história brasileira a implementar a política da paridade em cargos de direção – poderá proporcionar uma mudança de concepção em todas as entidades políticas e sociais, no mercado de trabalho e em toda a sociedade no que diz respeito à igualdade de direitos entre homens e mulheres.

“A Central contempla todos os ramos da classe trabalhadora e tem condições de fazer a composição da direção incentivando a participação das mulheres, que ainda são minoria nos cargos de direção da CUT. É uma votação histórica, que servirá de exemplo”, ressaltou.

De forma semelhante, o bancário Vagner Freitas, secretário de Administração e Finanças da CUT que deve assumir a presidência da Central a partir deste Congresso, defendeu a política aprovada pela Central. “Entendemos que a CUT precisa de um marco na sociedade brasileira para mostrar que a igualdade é necessária para construir a democracia. Terei muito prazer em ser eleito no marco da discussão de um congresso que aprovou a paridade”, declarou.

Histórico – Em 1993, após dez anos de fundação da CUT, foi aprovada a cota mínima de gênero de 30% para os cargos de direção da Central na 6ª Plenária Nacional da CUT. Posteriormente, em 2003, no 8º Concut, a Comissão Nacional sobre Mulher Trabalhadora conquistou o status de Secretaria Nacional. A luta das mulheres por maior participação nas esferas de poder se reflete hoje na forte presença feminina neste Congresso, que corresponde a 42% de um total de 2.322 delegados.


Tatiana Melim - 12/7/2012

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