São Paulo - O Comando dos Bancários vai cobrar dos representantes da federação dos bancos mais investimentos em equipamentos que melhorem a segurança bancária. A reunião, da Campanha Nacional, está marcada para terça 21 e quarta 22.
Pesquisa realizada pela Contraf-CUT e pela Confederação Nacional dos Vigilantes mostra que os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período do ano passado. De janeiro a junho de 2012 foram 1.261 ocorrências em todo o país – das quais 289 no estado de São Paulo, que lidera em número de casos –, média de 6,92 por dia. Foram 377 assaltos, inclusive com sequestros de bancários e vigilantes, e 884 arrombamentos a agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos.
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Outra pesquisa aponta que chegou a 27 o número de mortos em assalto a bancos no primeiro semestre deste ano, aumento de 17,4% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram registradas 23 mortes.
“O aumento das ocorrências e das mortes aponta que as instituições financeiras não estão investindo o suficiente na proteção das pessoas, e assim colocam em risco a vida de funcionários e clientes. Mas segurança é coisa séria e vamos para a mesa de negociação dispostos a arrancar dos bancos respostas positivas às nossas reivindicações”, afirma Juvandia.
Em 2011, os cinco maiores bancos do país apresentaram lucros de R$ 50,7 bi, mas os investimentos em segurança e vigilância somaram apenas R$ 2,6 bi, somente 5,2% na comparação com os lucros.
Estatística da própria federação dos bancos indica redução de assaltos após instalação da portas de segurança a partir do final dos anos 1990. O número caiu de 1.903 em 2000 para 369 em 2010. Mas houve aumento em 2011, para 422, ano em que o Itaú retirou portas nas reformas das agências e o Bradesco inaugurou unidades sem esse equipamento.
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Redação - 20/8/2012
