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Bancário demitido com LER conquista indenização

Linha fina
Trabalhador foi dispensado após 18 anos de dedicação; ação contra o Unibanco foi assistida pelo departamento jurídico do Sindicato
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São Paulo – Após 18 anos de casa e sofrendo de dores crônicas no braço, consequência das horas de trabalho no computador, o bancário Argemiro Dias Filho foi demitido sem justificativa pelo Unibanco, em 2003, antes da fusão com o Itaú. Essa injustiça foi corrigida nove anos depois, com a condenação do banco pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo ao pagamento de indenização ao ex-empregado, além do montante correspondente às horas extras trabalhadas.

Argemiro deu entrada na ação trabalhista em 2004, sob orientação do departamento jurídico do Sindicato. “Procurei o Sindicato, fui esclarecido sobre os meus direitos e tive a ajuda dos advogados da entidade para entrar com a ação. Hoje estou recebendo um valor que corresponde ao que eu deixei de ganhar em todos esses anos”, disse o bancário ao receber o cheque com o montante ganho das mãos do secretário de Assuntos Jurídicos Individuais, Carlos Damarindo, na sede do Sindicato.

O caso – Argemiro entrou no Unibanco em maio de 1985 como auxiliar de serviços bancários. Quando foi desligado, em outubro de 2003, exercia a função de analista de planejamento e controladoria sênior. “Passava grande parte do tempo digitando planilhas e tinha muitas dores no braço, mas não procurava médico porque sabia que corria o risco de ser afastado e ninguém mais na agência sabia fazer meu serviço. Só que chegou a um ponto que eu não aguentava mais. Marquei o médico e umas duas semanas antes de ir ao consultório fui demitido”, conta.

O diagnóstico foi confirmado depois do desligamento: Argemiro estava com LER (lesão por esforço repetitivo). “O médico disse que me daria 90 dias de licença, mas eu já não estava mais na empresa”.

O resultado foi que o bancário passou quase um ano sem poder trabalhar e nunca mais pôde exercer a mesma função. “Fiquei vivendo de serviços esparsos. Por isso que eu digo que estou recebendo agora a soma de tudo que eu ganharia se continuasse no banco”, comemora.


Andréa Ponte Souza - 28/8/2012

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