São Paulo – A perseguição e pressão da direção do Banco do Brasil para que a compensação dos dias paralisados por conta da greve nacional da categoria, neste ano, seja feita de qualquer forma fez com que o Sindicato ingressasse com ação civil pública na Justiça, com pedido de liminar antecipada. A Justiça não concedeu a liminar, mas informou que vai tratar do assunto em rito ordinário.
“Essas ações são para impedir que a direção do banco suspenda de uma hora para outra as férias programadas, além de contestar a abertura de processos disciplinares, que foram usados pelos diretores como forma de pressionar o trabalhador. Isso é assédio moral”, afirma o diretor executivo do Sindicato e bancário do BB, Ernesto Izumi. “Os funcionários não estão se recusando a compensar, mas deve haver necessidade dos serviços, conveniência do trabalhador e muito bom senso. A ação também visa evitar descontos dos dias de greve, fato que já aconteceu em uma tentativa de homologação de demissão pelo banco e que o Sindicato negou”, ressaltou Ernesto.
Para o dirigente, a atual direção só entende as reivindicações com mobilização e greve. “Queremos chegar a um consenso, mas o banco não demonstra querer o diálogo e ampliaremos as mobilizações e as ações judiciais para que os direitos dos trabalhadores sejam assegurados. É preciso romper com esse modelo de gestão e mudar radicalmente o formato da relação da direção do BB com o trabalhador.”
Redação - 21/11/2012
