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Seminário debate democratização da comunicação

Linha fina
Representantes de movimentos sociais e de comunicação defendem maior participação popular e um novo marco regulatório para o setor, durante evento no Rio Grande do Sul
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São Paulo – “A comunicação é um direito humano que precisa ser assegurado com políticas públicas e participação social para que não fique à mercê de meia dúzia de famílias e de seus patrocinadores. Se queremos fortalecer a democracia, é preciso ampliar o protagonismo da sociedade nas decisões”, defendeu Rosane Bertotti, secretária nacional de comunicação da CUT e coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). A afirmação foi feita durante o Seminário Comunicação em Pauta, realizado pelo governo do Rio Grande do Sul, na terça-feira 28.

O evento foi convocado pela diretoria de Políticas Públicas da Secretaria Estadual de Comunicação e Inclusão Digital para debater a criação do Conselho de Comunicação do Rio Grande do Sul, há mais de um ano em discussão com diversos segmentos da sociedade gaúcha. “Assim como é essencial em nível nacional um novo marco regulatório para o setor, que garanta a efetiva liberdade de expressão, é decisiva a composição de Conselhos Estaduais de Comunicação para debater o tema, assim como está ocorrendo no Rio Grande do Sul”, salientou Rosane.

A secretária estadual de Comunicação e Inclusão Digital, Vera Spolidoro, defendeu a ampliação de espaços para o debate junto à sociedade civil como forma de ampliar a compreensão de todos acerca da importância do tema. “A sociedade é envolvida pela comunicação diariamente, mas não conhece o seu mecanismo. Precisamos ler, ouvir e assistir com espírito critico", afirmou.

A secretária lembrou o caso “Escola Base”, que aconteceu na capital paulista, em que uma sucessão de erros sensacionalistas da imprensa, com versões falsas sobre abusos sexuais de crianças, acabou com a escola e seus proprietários acabaram na rua, ameaçados de morte. Apenas muito tempo depois, com as suas vidas já destruídas, ficou comprovado que eram inocentes.

Laurindo Leal Filho, professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) e colunista da Revista do Brasil, descreveu a intensa luta política em torno da comunicação, que ganha cada vez mais peso e relevância a partir da enorme concentração de poder pelos donos da mídia, que passam a exercer o papel de partidos contra o interesse público. Lalo defendeu ações mais ativas e efetivas do estado, a exemplo do argentino, para capitanear medidas democratizantes que enfrentem os poderes midiáticos, que manipulam, deformam e criminalizam em função do seu “negócio”, cuja informação é reduzida a mera mercadoria.

Democratizar é preciso – A campanha Para expressar a liberdade – uma nova lei para um novo tempo, capitaneada pelo FNDC, procura ampliar o debate em busca do direito à comunicação e à liberdade de expressão. É o que explica a coordenadora, Rosane Bertotti, que ressaltou, durante o evento, a busca constante da campanha “pela consolidação de um Conselho Nacional de Comunicação Social e a efetivação de um Plano Nacional de Banda Larga que atenda o interesse público e não das teles”.

> Acesse o site da campanha e saiba mais sobre a luta pela democratização da comunicação


Redação, com informações da CUT – 28/11/2012

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