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Manifestação denuncia demissões do Santander

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Representantes do Sindicato estiveram na Torre e aproveitaram concentração de bancários durante treinamento de abandono de prédio para dialogar sobre prática do banco espanhol
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São Paulo – O Brasil é responsável por 26% do lucro global do Santander. No entanto, a instituição espanhola dispensou dezenas de funcionários da Torre, principal complexo administrativo do grupo.

> Fotos: veja imagens do ato

Para dialogar com os trabalhadores do local, representantes do Sindicato chegaram bem cedo à concentração nessa quinta-feira 29. Aproveitando o treinamento de abandono de prédio marcado para essa data, dirigentes sindicais conseguiram conversar com muitos bancários para checar como está o clima no banco. “Estamos preocupados com os funcionários dispensados, e ainda com a sobrecarga de trabalho, uma vez que não está prevista a contratação de novo pessoal. A perplexidade e o medo tomaram conta do complexo, os trabalhadores estão indignados com as demissões, o receio é que cheguem a outros departamentos”, relata o diretor do Sindicato e funcionário do Santander Ramilton Marcolino. “Exigimos respeito, somos responsáveis pela maior parte do lucro mundial”, continua o dirigente sindical.

> Falhas no plano de abandono da Torre Santander

Segundo Ramilton, “o turn over é uma prática pouco inteligente”. O diretor do Sindicato explica que a maioria dos demitidos é analista sênior ou tem cargo maior. “São pessoas que se qualificaram, investiram em suas carreiras. Quem perde é o banco, perde mão de obra qualificada, o que prejudica também os clientes. Não há justificativas para qualquer demissão no grupo Santander”, ressalta Ramilton.

40 a menos – As demissões ocorreram na quinta-feira 22 e atingiram 40 funcionários dos setores de Recursos Humanos, Jurídico, Organização e Eficiência e o de Gestão Integral e de Gastos.

O lucro líquido do banco no Brasil nos primeiros nove meses foi de R$ 4,731 bilhões, correspondendo a 26% do resultado global da instituição financeira.

“A prática adotada pela empresa vai na contramão do otimismo expresso nos informativos internos. Se o grupo está estruturado e com projeção de crescimento, porque seus trabalhadores estão vivendo esse momento de tensão diante das recentes demissões?”, questiona o dirigente sindical.


Gisele Coutinho – 29/11/2012

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