São Paulo – Critérios a serem respeitados pelas empresas para a contratação de pessoas com deficiência (PCDs) para que não seja inviabilizado o processo de inclusão. Esse foi o principal tema da reunião entre a comissão de saúde do Sindicato e o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, José Roberto de Melo, no dia 6 de dezembro.
Situações observadas na categoria bancária, como casos de chefias que não possuem o preparo suficiente para integrar trabalhadores com deficiência, foram apontadas pelos representantes dos trabalhadores como obstáculos no processo de inclusão de PCDs no mercado de trabalho.
“É imprescindível que a chefia, sobretudo a empresa, respeite as limitações e observe que o mais importante é a pessoa e não a deficiência. Para isso, é importante proporcionar condições para que o trabalho seja exercido, pois capacidade técnica todos têm”, defendeu Marta Soares, secretária de Saúde do Sindicato, ao exemplificar casos de trabalhadores com deficiência formados no nível técnico, mas com a necessidade de visores do computador diferenciados devido às limitações na visão.
Ela ressalta que alguns bancos só cumprem a cota e não incluem esses trabalhadores no programa de carreira profissional. “Isso é um problema, pois percebemos que muitos funcionários têm formação acadêmica. Então, por que não incluí-los nos programas?”, questionou.
“Mostramos ao superintendente que o fundamental do debate é que não basta contratar os trabalhadores com deficiência, mas reconhecer as limitações e proporcionar condições de trabalho e segurança. Se não for assim, o processo de inclusão acaba inviabilizado”, finalizou.
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Tatiana Melim – 10/12/2012