São Paulo - No mesmo dia em que a Caixa divulgou o lucro de R$ 6,1 bilhões – 17% maior do que no ano passado –, diretores do Sindicato e da Apcef se reuniram com integrantes da diretoria da instituição financeira. Foram debatidas questões relativas à qualidade da infraestrutura do atendimento e também sobre contratação/estágio probatório.
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A reunião, na terça-feira 19, foi com o vice-presidente de Atendimento, Distribuição e Negócios da Caixa, José Henrique Marques da Cruz, e o Superintendente Regional da Paulista, Paulo José Galli.
O Sindicato critica o método de triagem qualificada em prática em algumas unidades, colocando em risco a segurança dos trabalhadores. “Funcionários estão indo para a porta da agência muito mais cedo do que o habitual por conta da desorganização estrutural e falta de planejamento da Caixa. Em locais perigosos isso tem causado problemas, pois muitos estão colocando sua vida em risco”, explica Rafael.
No ano passado, a Caixa abriu 653 novas agências. Para atender os clientes nesses postos de atendimento, o banco contratou 7,3 mil funcionários, mas, segundo o diretor do Sindicato Rafael de Castro, os novos trabalhadores não estão recebendo treinamento adequado. “O ritmo das contratações não acompanhou a movimentação de 6,7 milhões de novos correntistas. Além do aumento expressivo de clientes que procuraram a Caixa por conta da redução de juros por meio do programa Caixa Melhor Crédito. Os empregados antigos não têm condições de dar atenção aos bancários novatos por conta da sobrecarga de trabalho nas unidades, o que pode acarretar na precarização do atendimento à sociedade. Esses empregados podem se prejudicar na integração à rotina do banco”, explica Rafael. “São pessoas que estudam durante anos para passar no concurso, entram na Caixa com grandes expectativas que não são correspondidas devido à falta de organização da direção do banco, o que deve mudar e lutamos para que isso aconteça o quanto antes”.
O diretor ressalta que as demandas foram levadas e que os representantes da Caixa se comprometeram analisar. “O Sindicato continuará acompanhando esse e outros casos e pressionando para que essas questões sejam revistas”, exige Rafael.
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Rodolfo Wrolli – 20/2/2013
