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Sindicato exige que Santander contrate terceirizados

Linha fina
TMS/Tellus entrou em processo de falência e funcionários que prestam serviços para o Santander correm risco de não receberem direitos trabalhistas, como rescisão de contrato e fundo de garantia
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São Paulo – Falta de respeito e descumprimento das leis trabalhistas. Assim resume-se o drama vivido por cerca de 70 funcionários da terceirizada TMS/Tellus, que presta serviços para o Santander. A empresa declarou dificuldades em quitar dívidas, por isso entrou em processo de falência e exigiu que os funcionários assinassem o aviso prévio.

A denúncia foi confirmada após o Sindicato entrar em contato com o banco e cobrar responsabilidade com os funcionários. “Exigimos mais do que o pagamento das responsabilidades trabalhistas, uma vez que eles prestam serviço diretamente ao banco. Exigimos que sejam incorporados ao Santander”, reivindicou Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato.

A dirigente explica que, além de os terceirizados conhecerem o serviço do banco, pois atuavam, por exemplo, com o limite do cartão do cliente, as agências e diversos setores precisam de mais bancários. “Sobra trabalho e faltam funcionários, que estão sobrecarregados. Por isso, além de entendermos que a instituição é corresponsável pelo trabalho, defendemos que sejam enquadrados como bancários e passem a trabalhar diretamente no Santander, com direitos e reconhecimentos.”

Denúncia – No dia 8 de fevereiro, os funcionários da TMS/Tellus foram surpreendidos com a notícia de que todos teriam de assinar o aviso prévio, cumprindo as oito horas diárias da jornada até 1º de março ou seis horas diárias, como prevê a CLT (Consolidação das leis Trabalhistas), até 8 de março.

Entretanto, os funcionários decidiram denunciar a situação para o Sindicato ao serem informados de que correm o risco de não receberem o salário referente ao mês de março, além de não terem direito à rescisão de contrato, ficando sem o fundo de garantia e seguro desemprego, assegurados por lei.

"Até conseguirmos outro emprego ficaremos em situação precária, pois temos dívidas e outros compromissos a serem cumpridos. O Santander não pode pagar nossos direitos, sendo que os serviços que fazíamos diariamente eram para o banco?”, questionou uma funcionária, apreensiva pela situação em que se encontra.

Procure o Sindicato – De acordo com Maria Rosani, o banco se recusa a pagar as responsabilidades trabalhistas, alegando que contratou os serviços da empresa. Porém, a dirigente esclarece a empresas tem corresponsabilidade sobre os terceirizados que contrata. Por isso, a dirigente alerta a todos os funcionários que não receberem os seus direitos corretamente a procurar o Sindicato. “A entidade, além de acompanhar o caso, dará todo o suporte, nem que para isso seja necessário a busca dos direitos na Justiça”, ressaltou.

Rosani ainda destacou que o Sindicato denuncia sistematicamente a terceirização dos serviços bancários pelas instituições financeiras. “É uma forma de baratear o custo da mão de obra e explorar o trabalhador para alcançarem lucros cada vez maiores. Não permitiremos que ainda dispensem funcionários como se não tivessem valor e dignidade”.

Orientação - O Sindicato, de imediato, tem orientado os trabalhadores e colocado o Departamento Jurídico à disposição para que ingressem com processos trabalhistas em busca de seus direitos, pois os terrceirizados da empresa devem ser considerados como parte da categoria bancária. Entre em contato com o Sindicato através do 3188-5200 pelo [email protected] ou clicando aqui (escolha o setor "site").


Tatiana Melim – 22/2/2013

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