São Paulo – A direção do Banco do Brasil soltou comunicado avisando aos trabalhadores que a instituição está pronta a receber demandas dos funcionários das bases sindicais que aderiram às CCVs (Comissões de Conciliação Voluntária) sobre o plano de funções imposto.
O Sindicato alerta que os funcionários da base de São Paulo, Osasco e região rejeitaram a instalação da CCV na assembleia de 25 de fevereiro, quando e entidade se posicionou favoravelmente à instalação da comissão. Na mesma assembleia foi aprovada a paralisação de 24 horas de 7 de março e o ingresso de ações civis públicas por grupos homogêneos para o pagamento das 7ª e 8ª horas.
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“Em cumprimento ao previsto nos Acordos Coletivos que estabeleceram a criação de Comissões de Conciliação Voluntária (CCV), a partir de hoje, 11, o Banco está apto a receber as demandas dos funcionários das bases sindicais que já tenham aderido ao referido acordo, iniciando, desse modo, os procedimentos para o efetivo funcionamento das Comissões”, diz o informativo interno assinado por Carlos Eduardo Leal Neri, diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas.
Plantões jurídicos e ações judiciais – O Sindicato conta desde segunda-feira 11 com plantões de advogados para receber informações sobre os setores e áreas onde trabalham todos os funcionários interessados em entrar na Justiça, para, posteriormente, montar as ações por grupos homogêneos.
O Sindicato está preparando também ação contra a redução salarial de comissionados com 10 anos ou mais de exercício da função, inclusive aqueles que aderiram à jornada de seis horas, uma vez que a redução salarial foi imposta pela empresa.
O diretor-executivo do Sindicato Ernesto Izumi lembra que a instalação da CCV não impediria o ingresso de ações judiciais e aceitar ou rejeitar a proposta do banco seria opcional. “Contudo, a base é soberana e o Sindicato encaminhou todas as deliberações da assembleia, na qual também propusemos campanha com mobilização crescente e de forma nacional para que os protestos tenham mais força. A mesma assembleia aprovou também paralisação do dia 7, que foi positiva, ainda que tenha sido somente em São Paulo e Osasco”.
O dirigente salienta, ainda, que a mobilização é fundamental para que o banco reveja a redução salarial; o rebaixamento do valor pago pelo exercício de função e também garantir que todas as verbas tenham reajuste futuramente. “As ações judiciais são importantes, mas não são a solução definitiva para a questão da jornada”, completa Ernesto.
Redação - 12/3/2013
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Mobilização e ações judiciais são alternativa contra desrespeito da direção do banco com os trabalhadores
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