São Paulo – O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) lançou nota técnica em que avalia o atual cenário para o sistema financeiro no Brasil.
O estudo leva em conta três fatores: as quedas nas taxas de juros lideradas pelas instituições federais (Caixa e BB) em abril de 2012, iniciativa do governo federal para baixar o spread bancário; o processo de redução gradual da taxa básica de juros, que afetam receitas importantes para os bancos como títulos públicos e depósitos compulsórios, corrigidos pela Selic; e as tarifas bancárias, também foram alvo do governo ao determinar que novamente as instituições financeiras públicas promovessem redução.
O documento ressalta que esse novo cenário gera a necessidade de as instituições financeiras modificarem sua forma de atuação, já que essas três fontes de receitas – juros bancários, Selic e tarifas – estão sofrendo e sofrerão reduções expressivas.
Diante desse novo contexto, o Dieese conclui que os bancos podem optar por dois caminhos. Um deles, defendido por instituições como a Caixa Federal e BB, aposta na ampliação do crédito como forma de recuperar a rentabilidade. Defende que o Brasil de hoje tem todas as condições para ampliar sua relação crédito/PIB, ainda inferior ao padrão de países capitalistas mais desenvolvidos. E aposta na maior capacidade da população em tomar empréstimos, diante do aumento do nível de emprego e renda dos brasileiros.
O segundo caminho, apontado por executivos de bancos como Itaú e Santander, preconiza a necessidade de melhorar a eficiência. Isso passa pela redução do número de empregados – de fato Itaú e Santander vêm promovendo cortes de postos de trabalho –, e por outras medidas que apostam menos na elevação das carteiras de crédito e mais na melhoria dos índices de eficiência, com destaque para o desenvolvimento de novas tecnologias que reduzam custos e permitam otimizar a oferta de produtos bancários.
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> A íntegra do estudo do Dieese
Andréa Ponte Souza - 30/4/2013
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Órgão analisa caminhos do setor diante das mudanças provocadas pela queda da Selic, diminuição das taxas de juros bancários e redução das tarifas
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