São Paulo – “A direção do Itaú está cheia de contradições: afirma em reunião que não fechará os centros administrativos diante da criação de um novo polo de tecnologia e, enquanto isso, demite funcionários da TI”. O desabafo é da dirigente sindical Valeska Pincovai, que recebeu série de denúncias de demitidos.
Até o início de julho foram cerca de 20 desligamentos da Atec (área de tecnologia) em departamentos da Coordenadoria de Sistemas e Movimentação CTAS e Telecom. Valeska afirma que apesar de diversos demitidos comunicarem que o motivo foi redução de custos, para ela, o banco alegou baixa performance.
Para Valeska, a “desculpa” de redução de custos não faz sentido, uma vez que a instituição financeira acaba de investir R$ 2,4 bilhões no Green Data Center, centro tecnológico que ficará em Mogi Mirim, região de Campinas. "No dia em que a diretoria apresentava o projeto de TI, demissões ocorriam na mesma área. Somente em um departamento foram 10. Falta valorização dos trabalhadores", ressalta.
Mogi - Em reunião no dia 27 de junho representantes do banco afirmaram que além dos funcionários de Campinas, provavelmente trabalhadores da base do Sindicato serão transferidos para Mogi. “Questionamos as condições de trabalho, como transporte e moradia em outra cidade. Agora, contestamos as demissões diante de um investimento grandioso focado em sustentabilidade, mas sem responsabilidade social. Os bancários estão inseguros com a postura de o banco descartar pessoas dedicadas e com bom desempenho”.
Campanha – Desde abril os funcionários do Itaú estão em campanha por valorização. Entre os principais temas está o fim das demissões. Até o momento, o banco não respondeu nenhuma das exigências que constam na pauta de reivindicações entregue à direção do Itaú.
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Gisele Coutinho – 3/7/2013
