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Pauta da campanha salarial já está com a Fenacrefi

Linha fina
Financiários querem aumento real, PLR maior, valorização do piso e fim do assédio moral e da terceirização
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São Paulo – A entrega das propostas dos financiários para a negociação do acordo coletivo com a federação das financeiras (Fenacrefi) foi marcada por importante reivindicação do Sindicato: que as empresas paguem o mais rápido possível a reposição da inflação aos trabalhadores, que corresponde a 6,95%.

Segundo a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, a exigência se deve à recorrente demora em chegar à proposta de consenso nas negociações. “O pagamento é importante para diminuir os prejuízos provocados aos trabalhadores, pois nas últimas campanhas as negociações perduraram por cerca de cinco meses. Queremos agilizar o processo negocial e uma forma de isso ocorrer é começar os debates pelo aumento real, com o pagamento o quanto antes da reposição da inflação nos salários.”

> Vídeo: Raquel Kacelnikas comenta a pauta

O índice de 6,95% equivale à inflação medida pelo INPC entre 1º de junho de 2012 e 31 de maio deste ano. Além disso, os financiários reivindicam aumento real de 5% para os salários, Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 4.989, 26; e o valor do salário mínimo nacional (R$ 678) para cada uma das verbas: auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

Os dirigentes sindicais propuseram a criação de comissão paritária – composta por representantes dos financiários e das financeiras – para discutir questões relacionadas à saúde do trabalhador.

Outra reivindicação é haver esforço conjunto para que mais empresas façam adesão ao instrumento de combate ao assédio moral. “Embora tenhamos assegurado no acordo coletivo esse mecanismo para coibir perseguições a empregados, se não houver a adesão das empresas essa prática não será enfrentada”, explica Raquel.

A secretária-geral do Sindicato afirma ainda que será travado debate sobre o fim da terceirização. “Em que pese estarmos na luta contra a aprovação do Projeto de Lei 4330, o qual facilita ainda mais a terceirização, queremos discutir esse problema com as financeiras. E inadmissível, por exemplo, ter em um grande local de trabalho cinco funcionários enquadrados como financiários e os demais serem terceirizados”, critica.

A unificação da data base para todos os financiários é outra exigência do movimento sindical. Atualmente a data base em São Paulo é 1º de junho, mas ocorre em meses distintos em outros estados.

A rodada seguinte de negociação está prevista para 8 de agosto.


Jair Rosa - 16/7/2013

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