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Negociações com a Caixa começam sem avanços

Linha fina
Em mesa específica da Campanha, dirigentes sindicais cobram posicionamento sobre diversas questões, mas representantes do banco não dão respostas
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São Paulo – Na primeira rodada de negociação para tratar de questões relativas a saúde do trabalhador, Saúde Caixa e condições de trabalho, a direção da Caixa Federal não se posicionou em relação às reivindicações dos trabalhadores. A reunião, da Campanha Nacional, ocorreu na sexta 9, em Brasília.

Os integrantes da Comissão Executiva dos Empregados voltaram a reforçar que as novas agências não podem ser abertas sem o número adequado de trabalhadores. Além disso, que é essencial aumentar o número de empregados por unidade.

De acordo com Dionísio Reis integrante da CEE, em 2003 eram cerca de 53 mil empregados, uma média de 46 bancários por agência. Com a abertura de muitas novas unidades, a média nacional caiu para 20 trabalhadores por agência em 2012. “Tem local abrindo com apenas sete empregados. Ou seja, o tratamento que a Caixa dá é desumano. Vincular a produtividade com a quantidade de empregados por unidade é absurdo pois, além de não levar em conta as demandas sociais tão importantes para o país, sobrecarrega os empregados.”

Outra reivindicação dos bancários é que no setor de retaguarda das agências tenha pelo menos um tesoureiro e um técnico bancário.

Práticas antissindicais – Os empregados cobraram explicações da direção do banco sobre pesquisa que circula entre os trabalhadores com perguntas sobre greve, negociação
coletiva e movimento sindical. E reforçaram que isso é uma prática antissindical. Os representantes da Caixa afirmaram que o objetivo da consulta não tinha esse caráter e iriam averiguar a denúncia.

Os bancários criticaram o fato de os dirigentes sindicais estarem impedidos de entrar em alguns locais de trabalho. Nesse caso, o banco também ficou de averiguar. Além disso, a Caixa irá avaliar a reivindicação de não anotar a participação dos bancários no dia nacional de luta, em 11 de julho, como ausência não justificada.

Saúde do trabalhador – A CEE reivindicou que as unidades de saúde do trabalhador estejam mais próximas dos empregados, principalmente longe das grandes metrópoles. A Caixa disse que está revendo o modelo de filiais na reestruturação.

Foi reivindicado ainda o custeio integral de tratamento, inclusive de medicamentos, para os trabalhadores que contraíram doença ocupacional ou se aposentaram por invalidez.
Outra proposta é que haja licença de aleitamento, com a redução de jornada da mãe em uma hora por dia, por um ano e sem reduzir salário. A reivindicação dos trabalhadores segue orientação da Organização Mundial de Saúde para que as crianças tenham o leite materno por período maior.

Descomissionamento – A CEE voltou a criticar os descomissionamentos sem critérios e reforçaram que essa prerrogativa gera situações de assédio moral e sexual nas dependências da Caixa. Eles também criticaram o ranking de performance, inclusive, as chamadas “galerias de notáveis” que camuflam a exposição de funcionários.

Saúde Caixa – Os bancários cobraram a utilização de superávit para a melhoria do plano de saúde dos empregados. Os representantes da Caixa afirmaram que o plano é superavitário e admitiram que a comissão paritária não evoluiu.

Dessa forma, os representantes dos trabalhadores cobraram maior participação do Conselho de Usuários e que esse fórum tenha também caráter deliberativo.


Jair Rosa - 12/8/2013

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