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Protesto estadual na porta da Super do BB

Linha fina
Protesto de diversos sindicatos do estado em frente à Superintendência Regional do BB em São Paulo denuncia a terceirização, as cobranças abusivas e o assédio moral disseminados pela Disap
Imagem Destaque

São Paulo – Um dia após os bancários rejeitarem em assembleia a proposta de reajuste sem aumento real oferecida pela Fenaban, diversos sindicatos do estado de São Paulo mostraram unidade, organização e força ao promoverem um Portal do Inferno em frente à Superintendência Regional do Banco do Brasil, localizada na Avenida Paulista.

> Fotos: galeria do Portal do Inferno
> Vídeo: matéria especial sobre o ato

O protesto foi nesta sexta-feira 13, e a data coincidiu com os temas soturnos da manifestação: a ameaça da terceirização fraudulenta por meio da Cobra Tecnologia, o sofrimento e a tortura causados pelo assédio moral e a cobrança por metas abusivas.

O alvo primordial da manifestação foi a Disap (Diretoria de Distribuição São Paulo), área responsável pelo gerenciamento das agências em todo o estado, e que, de acordo com a presidente Juvandia Moreira, é a responsável pela cobrança das metas abusivas.

“Este ato é bem simbólico e representativo, porque é neste prédio que as cobranças são feitas três vezes por dia para os bancários do Banco do Brasil de todo o estado. É a partir daqui que eles são pressionados para atingir metas absurdas, e nós estamos aqui exigindo uma solução para essa pressão que os bancários sofrem diariamente e também para o fim dessas cobranças diárias”, afirmou Juvandia, no ato.

Unidade e força – Além do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região, o protesto envolveu as entidades de Guarulhos, Santos, Jundiaí, Franca, Bragança Paulista, Sorocaba, ABC, Ribeirão Preto e Campinas – algumas delas de diferentes correntes sindicais. A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb) e a Federação dos Bancários da CUT (Fetec/CUT)  também marcaram presença.

A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, ressaltou a importância da unidade e da mobilização na luta pelas reivindicações e contra os desmandos irradiados pela Disap. “Estar aqui hoje é extremamente necessário e um recado para os trabalhadores. Não tem como vencer os patrões se não tiver unidade, participação e organização. Os funcionários do BB mostraram um pouco do inferno que vivem e que querem por fim a essa situação”, afirmou Raquel, que é funcionária do Banco do Brasil.

Descomissionamento e terceirização – Uma bancária terceirizada da Superintendência assistia ao protesto, que, com suas inúmeras bandeiras e também por causa dos atores vestidos de demônios representando o sofrimento dos bancários, chamava a atenção de todos que passavam pela esquina da Paulista com a Augusta.

“Obviamente o pessoal do banco ganha bem mais que a gente que é terceirizado. O que eu não entendo é por que um banco público precisa contratar funcionário terceirizado ao invés de realizar concurso, e é por isso que eu dou total apoio ao protesto .”

Para o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, o BB desrespeita seus funcionários ameaçando de descomissionamento, forçando a desistir das suas comissões. “A intenção do banco é terceirizar o serviço do bancário através da Cobra Tecnologia, rebaixando direitos e salários”.

Ernesto lembra que a Cobra recentemente mudou seu estatuto. “Agora ela quer terceirizar até a atividade-fim, mas vamos denunciar ao Ministério Público, mobilizar os trabalhadores e bloquear esse ataque contra o banco que é estatal, mas é tratado como privado pelo presidente Aldemir Bendine”, afirma.


Rodolfo Wrolli – 13/9/2013

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