São Paulo – A categoria bancária quer aumento real para salários, piso, vales, auxílios e a PLR, condições de trabalho, fim das metas abusivas, entre outras reivindicações, e por não serem atendidos pelos banqueiros, estão nas ruas, em greve, desde o dia 19. No entanto, o desrespeito com os trabalhadores não aparece somente na proposta rebaixada apresentada pela federação dos bancos que não contempla aumento real.
Nesta sexta-feira 27, nono dia de paralisação, o gerente da agência Butantã do Banco do Brasil, unidade localizada na Avenida Doutor Vital Brasil, 593, convidou os funcionários da agência e da Plataforma de Suporte Operacional (PSO), inclusive grevistas, para um café da manhã. O evento foi patrocinado por um clube de compras para apresentar seus produtos.
A Lei de Greve (lei 7.783/89) assegura o direto de paralisação dos bancários, deflagrada no dia 12 em assembleia. O Sindicato entrou em contato com o gerente regional e o gerente geral, que afirmaram que não estão pressionando os funcionários.
“Greve é coisa séria, a última alternativa para o trabalhador quando o patrão recusa a negociação. E não pode ser banalizada. Qualquer ato impensado pode trazer graves consequências para as pessoas e nenhum funcionário pode fazer de conta que a greve não esteja acontecendo, mesmo que seu local de trabalho não tenha aderido. É preciso seriedade, não é admissível qualquer gestor ligar para o funcionário durante a greve, o funcionário vai se sentir constrangido”, destaca Ernesto.
Segundo o dirigente, o gerente se desculpou, afirmou que o objetivo não era pressionar os trabalhadores e que o café da manhã havia sido marcado com o cliente. “De qualquer forma, vamos acompanhar e qualquer novo problema na nossa base sindical vai ter acompanhamento”, conclui Ernesto.
Leia mais
> Greve fecha semana com 29 mil parados
Redação – 27/9/2013
Linha fina
Em agência do BB, gerente convoca trabalhadores para conhecer produtos de clube de compra em plena paralisação que já duram nove dias
Imagem Destaque