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Bancários da Giret Caixa cruzam os braços

Linha fina
Setor do banco em Pinheiros conta com cerca de 350 empregados. Agência ao lado, na Heitor Penteado, também aderiu ao movimento
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São Paulo – No 13º dia de greve, os bancários deram mais uma demonstração de força paralisando importantes concentrações. Uma delas foi na Rua Heitor Penteado, prédio da Caixa onde funciona agência e a Giret. Os bancários ocuparam as calçadas em frente ao complexo, onde cerca de 350 funcionários realizam operações de agências de Osasco e do bairro de Pinheiros, em São Paulo.

Depoimentos dos empregados deixam claro que a luta da categoria não é apenas por salário maior, mas por melhores condições de trabalho. Uma bancária de Cotia, que veio se somar aos colegas do Giret, confirma esse sentimento: “Na minha agência trabalhamos com muita sobrecarga. Precisávamos de ao menos 20 funcionários a mais. O pessoal muitas vezes não sai para almoçar e é impossível não fazer hora-extra para suprir as demandas”.

Uma estagiária que deve prestar concurso para a instituição no ano que vem, afirma que uma pauta importante é a luta contra a terceirização. “É muito importante a luta contra a terceirização e por melhores condições de trabalho. Sou terceirizada e sinto na pele o que isso significa”, explica.

A paralisação na Caixa também contou com o apoio de clientes do banco, que utilizaram o autoatendimento normalmente. Ernesta Zamboni, pesquisadora da Unicamp, afirmou que o movimento é legítimo. “Acho justa a greve, pois há uma desigualdade enorme no sistema financeiro, que é muito poderoso e manda em muita coisa no país. Também acho bastante legítima essa denúncia que os bancários fazem de que são forçados a vender produtos para pessoas que muitas vezes não têm o discernimento necessário para julgar se aquilo será útil”, aponta.

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Renato Godoy – 1º/10/2013

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