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Foco de terceirização no BB tem dia de paralisação

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Mais de 500 trabalhadores dos prédios da Compensação do BB e do CMA tiveram suas atividades paralisadas na Vila Clementino neste 14º de greve
Imagem Destaque

São Paulo – Cerca de 480 bancários do complexo do Banco do Brasil que envolve a Compensação e o CMA, na Vila Clementino, paralisaram suas atividades neste 14º dia de greve.  O setor é crucial para as atividades do banco, pois envolve as áreas de contabilidade, comércio exterior e monitoramento de terminais de autoatendimento.

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Um bancário do prédio relata que há constante ameaça de terceirização no setor. “Há uma informação de que cerca de 300 funcionários daqui serão substituídos por terceirizados da BB Tecnologia, a antiga Cobra. Recentemente, 80 colegas nossos perderam suas funções, alguns até com perda de comissionamento, e foram substituídos por terceirizados”, relata.

Aproximadamente 100 trabalhadores do complexo da BB Tecnologia, a antiga Cobra, estão lotados no CMA (Centro de Monitoramento de Atendimento). Eles reclamam que cada vez mais o BB lhes repassa serviço de bancários. Os trabalhadores da BB Tecnologia têm piso de R$ 1,3 mil e jornada de 8 horas. “Estamos sobrecarregados, há muitos serviços do banco vindo para gente. Ganhamos menos e temos jornada maior. Não à toa, temos funcionários afastados com quadro de stress, depressão e síndrome do pânico”, afirmou uma funcionária.

Além desse processo de terceirização promovido pelo banco por meio da antiga Cobra, há a quarteirização, já que a BB Tecnologia contrata funcionários por cerca de R$ 700 mensais para realizarem atividades correlatas às dos bancários.

Contingenciamento – Na manhã da terça 2, um gerente da BB Tecnologia pediu para que cerca de 25 trabalhadores fossem imediatamente para uma unidade da empresa em Barueri. Cerca de 10 trabalhadores foram vistos saindo de táxi para o local, outros com o próprio carro. Alguns funcionários se recusaram a ir.

O gerente chegou a afirmar que quem não se dirigisse a Barueri “não sofreria retaliações, mas teria falta”. Após intervenção dos dirigentes do Sindicato, o gerente voltou atrás e afirmou que quem não quisesse ir ao contingenciamento estava dispensado.

Porém, uma funcionária relatou que o gerente disse que, ao se negar a ir para Barueri, ela acabara de perder uma oportunidade de nomeação. O Sindicato orienta todos os trabalhadores a denunciarem eventuais represálias ou ameaças diante do legítimo direito de greve. A entidade tomará as medidas cabíveis.  

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Renato Godoy – 2/10/2013

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